quinta-feira, outubro 31, 2013

Quem é que ganhou, quem foi? Quem foi?


Pela primeira vez ganhei algo assim, assim, BOM! Um prémio "a sério", fruto de algo que escrevi e que concorri e logo no dia do meu aniversário!
Este sábado lá vou eu, jantar com os Deolinda, assistir ao concerto Mais Pequeno do Mundo da Rádio Comercial e passar a noite no Vila Galé Paço de Arcos, tudo porque consegui descrever em 100 palavras o "Meu Mundo Pequenino".
Estou eufórica!
Weeeeeeeeeeeee

the day after

Pronto, os 35 já cá cantam. A travadinha que me assola sempre nesta altura do ano já passou (em parte vá), não percebo como é que fico sempre com este “birthday blues”, ou melhor “October blues” todos os anos.
Foi um dia calmo, frio, mas cheio de sol. Fui trabalhar, para espanto de muitos dos meus colegas - que geralmente tiram o dia de aniversário de folga – e passou rápido. Não me importo nada de trabalhar no meu dia de anos, aliás, acho que sempre o fiz. O dia passa rápido e quando damos por ele, já foi. De que me vale tirar o dia de aniversário de folga se toda a gente está a trabalhar? Pior seria ficar sozinha em casa, aí sim, ia ficar deprimida. Nada como chegar ao escritório e ser mimada pelos colegas, sair para ir almoçar a um sítio diferente na companhia de algumas amigas (não sei porque insisto voltar ao Deli Delux quando já sei que ali o serviço é péssimo, mas a vista, o rio ali ao lado e a luz de Lisboa, lá me fazem encolher os ombros e sentir-me mais cosmopolita, mesmo que por breves instantes), a tarde passa mais rápido e quando damos por nós, estamos a caminho do jantar e o dia está praticamente passado. Tive surpresas, mas no geral foi tudo muito tranquilo. Não houve bolo de anos, nem cantar de parabéns. Houve telefonemas, sms e muitas, muitas, muitas mensagens no mural do Facebook. Aliás, tenho noção de que se não fosse o Facebook, nem um terço das pessoas se lembraria, o que é perfeitamente natural, eu própria sou péssima para datas.
E agora começa nova contagem decrescente, para amanhã, onde será ela a protagonista, com direito a bolo e cantar de parabéns e festa e presentes e tudo a que tem direito, porque é assim que devem ser os aniversários quando se é criança! Mas é-me impossível não relembrar que a esta hora, há cinco anos atrás, já eu sabia que ela ia nascer e estávamos a momentos de nos conhecer e apaixonar para a vida inteira.
5 Anos.
Caramba, o tempo voa.

quarta-feira, outubro 30, 2013

35

35
A metade dos “entas”.
Caramba, ainda nem acredito bem.


terça-feira, outubro 29, 2013

o aniversário dela

Acabei por não fazer uma festa com crianças para celebrar o 5º aniversário da minha filha, por uma questão de poupar uns trocos e evitar chatices. Decidi que não haveria festa de aniversário em local a designar, nem aluguer de espaço, convites, catering e largar, desta forma, perto de 300 ou 400 euros para lhe proporcionar um dia memorável. Decidi ir pela versão económica, levar um bolinho à escola, cantar os parabéns na sala de aula e à noite fazer algo mais pequeno, um jantar para a família mais próxima.
Acontece que a família, tirando os meus pais,  ninguém tem disponibilidade de estar presente e saber que irei fazer um jantar de aniversário para uma criança de 5 anos com apenas 4 adultos, parte-me o coração.
 
 

sexta-feira, outubro 25, 2013

25 quilos de gente

Fui com a miúda à consulta de rotina dos 5 anos. Tudo ok, está óptima, nada de especial a assinalar tirando o facto de a pequena cria (ou deverei dizer "texuga"?) ter apenas quatro anos (pronto, faz 5 de hoje a exactamente uma semana) e pesar 25 quilos!
 
25 quilos!!!
 
Tudo bem que é alta e proporcionada, mas está gigantesca e, para evitar que corra o risco de vir a ser obesa a médica mandou cortar-lhe, literalmente, na ração.
Eu já sou super cuidadosa no que diz respeito a doces e quase nunca a deixo lambuzar-se, todos os dias lhe dou sopa e há sempre salada e legumes a acompanhar TODAS as refeições, fritos é  outra coisa que raramente ou nunca entra cá em casa, mas a balança não engana.
E claro, eu falo por mim e sei os cuidados que tenho, o mesmo não posso dizer do pai. Ou melhor, não sei o que lhe dá, nem o que come.
Seja como for, a indicação é para começar a mexer, fazer desporto - de preferência ginástica - e evitar ao máximo as bolachas, o pão e até frutas, por causa dos açúcares.
 
Mal saiu do gabinete da médica vira-se para mim e pergunta: "Mãe, posso comer pão? É que estou com fome, já comia qualquer coisinha."
Eram 15h15 da tarde e tinha almoçado há cerca de duas horas.
 
Estou tramada.

quinta-feira, outubro 24, 2013

Eu sou daquelas pessoas que gosta de chuva, mas sempre que há cargas de água fortes e contínuas, fico angustiada. Primeiro porque moro num prédio a cair de podre, como tantos outros de Lisboa, mas que com o passar do tempo e dos anos, da falta de condomínio e de manutenção, está cada vez pior, cada, cada, vez pior… segundo, porque sou a que estou mais perto do telhado, o que significa que sempre que há chuvadas fortes, eu tenho problemas em casa. Ontem, quando saí do trabalho e assim que cheguei a casa, a minha preocupação foi logo ir a correr ver se estava tudo bem. Não estava. Na sala, junto à janela e perto de um nicho onde existem umas prateleiras embutidas, quando há chuvadas muito fortes, escorre água – ou de duas rachas que já lá se encontram instaladas, ou directamente do aplique da luz - e aí sim, fico em pânico. Depois da forte chuvada do final do dia, a parede acusava o excesso do peso da água que caiu e por ela abaixo escorriam várias estradas. Corri ao quarto que, por ser em água furtada e ter janela velux sempre me faz ter o coração nas mãos, mas não havia sinais de infiltrações e estava tudo bem, sosseguei. Na cozinha, junto à janela que há dois anos me deu das maiores aflições da minha vida – com água a cair como se estivesse na rua – também estava tudo bem. Fiquei mais calma. Rezei para dentro e pedi muito para a chuva parar e o meu coração sossegar. “Não posso ser tão negativa” – pensei - “Não posso ser tão negativa”. Fiz o jantar, dei banho à miúda e, quando estávamos a terminar a refeição, entre o som que vinha da televisão e a conversa banal à mesa, um ruído insistia em dar sinal e prendia-me a atenção. Da cozinha caia um “ping-ping” que se torna cada vez mais familiar e que os meus ouvidos de tísica detectaram. De um aplique de luz - tenho tecto falso com apliques de luz embutidos em toda a casa - caía água em direcção ao chão, em pingos cada vez mais ritmados.
Há dois anos tive este problema com as primeiras chuvas de Outono. Tive de contratar uma pessoa para vir limpar os algerozes e ver o que podia ser feito. Tirou lixo, levantou algumas telhas e pouco mais. Cobrou-me perto de 200 euros e “Tchau aí”. A coisa ficou resolvida durante uns tempos - pelo menos na cozinha não houve mais problemas – até ontem. No dia anterior a minha mãe, qual bruxa, dizia-me: “Tu vê lá que esses algerozes devem estar a precisar de serem limpos” e eu, muito secamente, respondi, “Foram limpos há dois anos, levaram-me 200 euros para o fazer, tenho lá 200 euros para mandar limpar algerozes outra vez. Estou farta de gastar dinheiro”, pondo fim à conversa. No dia seguinte acontece-me isto.
Depois de uma noite em que a chuva continuou a não dar tréguas, hoje de manhã cheguei à cozinha e estava tudo seco, os pingos tinham parado. Na sala também não havia sinais de água a escorrer pelas paredes. Agradeci a algo ou alguém que tenha escutado as minhas preces e apesar do dia cinzento lá fora, acreditei que o pior já tinha passado.
Mas agora que cheguei ao trabalho, continuo aqui de coração apertado, a sentir-me insegura e indefesa perante algo que não consigo controlar e do qual não sei o que fazer, principalmente quando vejo que lá fora cai outro dilúvio e não sei em que estado encontrarei a minha casa quando lá chegar.
Odeio viver em casas velhas. Odeio. Sinto-me tão indefesa e insegura nesta casa que até tenho o sonho recorrente de que o chão está prestes a partir, então ando muito devagarinho com medo de o meu peso fazer cair as poucas tábuas de madeira que ainda nos sustêm e digo à minha filha para não correr nem saltar, porque podemos cair no andar de baixo. Acordo sempre angustiada quando este sonho me assalta a mente durante a noite.
Sinto que esta casa vai ser a pedra no sapato da minha vida. O prédio não tem condomínio nem nunca teve, as poucas pessoas que nele vivem não estão nem aí para o assunto. Pago um empréstimo ao banco que me leva metade do meu ordenado e que me deixa, literalmente, com a corda ao pescoço todos os meses. O sacrifício que faço para conseguir continuar a cumprir com a dívida que contraí para a vida, não é proporcional à falta de segurança ou de condições que tenho. Se arrependimento matasse, este seria sem dúvida o grande arrependimento da minha vida, o dia em que decidi comprá-la, num gesto impulsivo de imaturidade e emancipação. Divorciei-me e fiquei com este legado nas mãos. Demasiado caro e velho para ter um final feliz à vista. Vender? É uma hipótese, mas a casa já esteve à venda há uns anos e ninguém lhe pegou. A solução na altura passou pelo arrendamento, mas quando me divorciei, por coincidência ou não, o inquilino comunicou que queria sair e para mim, naquele momento, voltar a esta casa era a solução mais acertada. Afinal era minha e para quê ir meter-me noutra se tinha de continuar a pagar esta? Fazer obras? Era bom, mas não tenho dinheiro. Continuar ali? Que remédio. Até quando? Não sei, mas por mim saía já hoje.
Vou continuar a rezar baixinho e a pedir que a chuva pare.

quarta-feira, outubro 23, 2013

my eyes, my eyes


Alguém conhece algum truque fantástico para acabar com as olheiras? Antes era mocinha para nunca, mas NUNCA ter olheiras e agora, não há creme, anti-rugas, corrector, nem noite de sono ou sestas, que acabe com elas.

terça-feira, outubro 22, 2013

"It's the end of the world as we know it (and I feel fine)"

Ontem, por algumas horas, o mundo sentiu o que é viver sem estar constantemente ligado ao Facebook . “O mundo ao contrário” com banda sonora dos R.E.M., porque os dias cinzentos puxam ao saudosismo.

Para ler, hoje, no sítio do costume.

são teus olhos azeitonas, cachopa.

Dia de visita de estudo da pequena cria = deixá-la na escola às 8 da manhã e estar no trabalho às 8h20!
Diz que vão ver a "apanha da azeitona" para Alcácer do Sal.
Com esta chuva e com o sono que tenho, espero bem que me traga um garrafão de azeite!

segunda-feira, outubro 21, 2013

Bob

 
Cortei o cabelo. Voltei ao meu tão amado "bob". Franja a direito e cabelo curto a bater pelo queixo, ligeiramente mais comprido à frente. Gosto de me ver assim, sinto-me mais "eu", mas ao mesmo tempo, depois de ter passado vários meses com o  cabelo comprido e franja ao lado, não consigo evitar a sensação de que pareço a Anna Wintour.

domingo, outubro 20, 2013

decisões

Ando indecisa se hei-de vender o meu anel de noivado ou não. Por um lado o dinheiro dáva-me jeito, por outro sinto que se o fizer, perderei para sempre uma parte de mim e uma parte da minha história, mesmo que essa história não tenho dado certo.
Ando com a caixinha com o anel dentro da mala há semanas, mas ainda nunca tive coragem de entrar dentro uma ourivesaria e mandar avaliá-lo. Não faço ideia de quanto será o seu valor, se é que tem algum. Sempre ouvi o meu ex marido gabar-se de que tinha gasto uma fortuna no anel, mas eu olho para ele e acho-o demasiado simples e discreto, comedido, a antítese de tudo aquilo que eu me considero e penso que, muito provavelmente, aquele anel e o valor elevado que quem mo ofereceu gostava de apregoar à boca cheia, deve ser mais uma das suas ínfimas mentiras para engrandecer o seu pobre ego.
Sempre achei que aquele anel não tinha nada a ver comigo e sempre achei a escolha infeliz. Se por um lado significava o amor de um homem por mim, o único homem que na vida se ajoelhou a meu pés e me pediu em casamento, por outro, sempre achei que esse homem não me conhecia o suficiente para saber que aquele anel não era eu.
Penso se farei bem em guardá-lo, se vale assim tanto a pena vendê-lo, imagino-o um dia mais tarde a dá-lo à minha filha como a passagem de uma jóia de família, o fruto do amor que houve um dia entre as duas pessoas que a geraram. Dou por mim a olhar montras de ourivesarias e a ver aneis que podiam, perfeitamente, ser de noivado. Ontem parei em frente a uma, cheia de anéis belísssimos - que fazem inveja ao meu - a preços que não chegavam aos 50 euros. Decidi que, muito provavelmente, o melhor é deixar o anel dentro da sua caixa, guardado e esquecido, mesmo que nunca tenha gostado assim tanto dele.
Afinal, foi o único que me deram na vida.

sexta-feira, outubro 18, 2013

Macbain

 
Ontem fui ao teatro ver a nova peça Macbain com o Gonçalo Waddington e a mulher, Carla Maciel. (I like him, a like him a lot!)
 
Tinha lido as entrevistas em torno da mesma e o conceito que tinha levado à sua concepção e fiquei logo mortinha por ir vê-la. Macbeth e Curt Cobain, how genius is that?
 
E lá fomos.
 
E...
 
E que não posso dizer mais nada, porque esta menina lê este blogue e só vai no Domingo.
 
Melissa, depois diz-me a tua opinião que estou curiosa! ;)
 

quinta-feira, outubro 17, 2013

fragmentos



Fui almoçar com duas amigas ao Deli Delux, mesmo ali à beirinha do Tejo, com um sol maravilhoso como companhia. Quando saí do carro, mesmo à minha frente, erguiam-se dois barcos cruzeiro altíssimos, de vários andares, imponentes e gigantescos. Vários turistas, todos seniores, acabavam de chegar dos transfers e dirigiam-se ao cais de embarque. Senti-me muito airosa e portuguesa, de vestido preto comprido e botas, com os cabelos muito castanhos, no mais puro contraste com as suas roupas claras, mangas curtas, ténis e cabelos louros e brancos. Depois senti-me ridícula porque, bem vistas as coisas, enquanto eu me enchia de vaidade pessoal, ali estava a personificação de um país medíocre, sem um tostão onde cair morta e sem poder fazer aquilo que eles estavam a fazer naquele preciso momento: viajar.
Deixei-me de merdas e fui ao encontro delas, feliz da vida por mudar um pouco de cenário à hora de almoço e não me resumir à marmita e à copa da empresa que tinham ficado lá no canto delas. Hoje ia dar uma de burguesa, de lisboeta retro chique. Fui a primeira a chegar e a esplanada estava cheia. Sentei-me sozinha no sofá e pedi penne com pasta de azeitonas, tomate assado e mozarela. Entretanto chegaram elas. Já não as via há 7 meses. Caramba, como é que é possível estarmos tanto tempo sem ver alguém? Ainda por cima pessoas das quais se gosta! (Pequena adenda: já reparei que escrevo muitas vezes a palavra “caramba”, tenho de ver se mudo isso, mas, caramba, não é fácil).
Comemos todas o mesmo e bebemos todas vinho tinto, Terras D’alter. Fui a primeira a abandonar o ‘barco’, porque a hora de entrada já conspirava contra mim. Deixei-as lá, a conversar pacatamente, a desfrutar do sol de Lisboa, com os seus pennes com pasta de azeitona e copos de vinho tinto, com o tempo todo pela frente.
Saí com a alma lavada e feliz, mas depois pensei, “Porra, o sacana do alentejano era mesmo bom.”

quarta-feira, outubro 16, 2013

a inveja é uma coisa muito feia...

Ando tão alienada deste mundo dos blogues (dos que lia, dos que seguia, quem eram, o que escreviam) que já me tinha esquecido o quanto este é bom.

Hoje decidi espreitá-lo porque me apareceu no feed de um outro que visitei de passagem e caramba, ela é sublime.

(Confesso que se há coisa da qual tenho profunda ciumeira, é o de não escrever assim)

calimera mood

Hoje decidi vir de sabrinas. Ainda experimentei uns botins de salto antes de sair de casa, mas tirei-os dos pés, convicta que estava de que as sabrinas “é que eram boas”. Rasinhas, rasteirinhas, uma verdadeira luva de seda para andar o dia todo descansada sem stresses de torcer um pé na calçada portuguesa, ou de sentir os tornozelos inchados (que isto quando se vai fazer 35 anos começa a haver toda uma série de coisas que antes achávamos o máximo mas para as quais, agora, já não temos paciência). Pronto, lá as calcei. Ficavam mesmo bem com as minhas calças em padrão floral de preto e branco e túnica branca. São pretas, debruadas a branquinho no laçarote. Toda “matchy-match”, portanto.
Só que as p**** das sabrinas estão-me largas! Não sei lá o que aconteceu e o que se passou, que sempre que dou dois passos, lá estão as gajas a chinelar. Tem sido um dia de nervos à custa das sabrinas e a sentir-me a aleijadinha de cabo ruivo e arredores, com os pezinhos a fazer força à frente para que não fiquem pelo caminho.
É só a mim que estas coisas acontecem?

terça-feira, outubro 15, 2013

chamar as coisas pelos nomes

Digam o que quiserem, mas eu adoro as crónicas desta senhora.

A-DO-RO!

É que penso tal e qual. (Se incomoda muito boa gente? Pois incomoda, principalmente aquelas mãezinhas que gostam de bater com a mão no peito e que acham que chamar as coisas pelos nomes e tal como elas são – sem floreados e sem merdas – devia de dar direito a arder no inferno.

segunda-feira, outubro 14, 2013

As crianças Ikea

De manhã, atrasada como sempre – ainda mais a uma segunda-feira, em que fiquei acordada até tarde e de manhã o corpo teimava em não sair da cama – abro a porta do quarto dela e dou-lhe os bons dias.
“Cucu, está na hora de acordar! Bom dia!” – digo, enquanto abro a porta, espreito muito rapidamente e corro para a cozinha para puxar o estore e deixar entrar a luz.
Ela, como sempre, acorda sem birra nem dramas. (Tem muito bom acordar esta minha filha) E depois daquele ar de sono típico de quem sai do quente da cama, senta-se na mesma e, muito séria, com olhos de cachorro Sad Sam, vira-se para mim e pergunta:
“Mãe, quando é que temos um mano ou uma mana?”
Ai minha Nossa Senhora – e logo hoje que é 13 de Outubro – que a criança a perguntar-me isto mal acorda não é normal. Acho graça, sorrio, penso no que lhe hei-de dizer e respondo com muita calma, vendo o ar infeliz e de preocupação da pobre.
Querida, a mamã agora não pode ter bebés. Ainda hás-de ter um mano ou mana, mas a mamã agora não tem condições.”
Ela soltou um triste e desolado um “Ohhhh” com o ar mais infeliz do mundo e muito cabisbaixa começa a choramingar. Tento remediar a situação da forma mais airosa que me lembro e  digo: “Além disso, nem temos espaço cá em casa. Já viste, se tivesses um mano ou uma mana, não cabia aqui no teu quarto. Não tínhamos espaço para colocar a caminha dele. O teu quarto já é tão pequenino que não cabe aqui uma caminha para o mano(a).”
Depois de dizer isto fico, por breves segundos, satisfeita comigo mesma por achar que dei bem a volta à questão e que pondo as coisas desta maneira ela chegaria à conclusão que de facto não há espaço lá em casa para mais uma criança… mas enganei-me.
Ficou a pensar durante uns segundos e depois, muito assertiva, diz-me:
Há sim, há espaço para a caminha de um mano. Colocas a caminha do mano por cima da minha”
E pronto, com esta conclusão de raciocínio, tirou-me qualquer argumento. São assim as crianças “Ikea”… Arranjam soluções de reaproveitamento de espaço onde nós não as vimos.

sexta-feira, outubro 11, 2013

soundtrack


Sempre que estou com a neura ou deprimida oiço o álbum Dummy dos Portishead.

Bolas, que poder brutal que esta música tem para me acalmar. É um verdadeiro bálsamo para a alma.

terça-feira, outubro 08, 2013

Outubro faz-me mal.


 
No dia em que faria 7 anos de casada, um texto sobre o final e o depois.

domingo, outubro 06, 2013

Tenho em mim sobretudo melancolia por tudo o que podia ser e não sou.
Hoje é um desses dias.
O mês de Outubro faz-me mal.

quinta-feira, outubro 03, 2013

Aperta aqui levanta ali

O Outono tem destas coisas e hoje já vesti, pela primeira vez nesta estação, uns collants opacos.
Mas não são uns collants opacos quaisquer... são uns collants opacos que apertam à frente e levantam atrás. E entenda-se que quando digo "atrás", é porque têm duas bolas, sim, isso mesmo, duas bolas onde é suposto encaixar o rabiosque. "Push-up" de seu nome.
Toda uma nova "dinâmica" que ainda não tinha vivenciado.



A minha vida é feita destes pequenos momentos.