quinta-feira, dezembro 19, 2013

"não consigo evitar este estado de ansiedade"

 
Sabem aqueles dias em que nos sentimos no nosso melhor, confiantes, com um cabelo fabuloso e com a indumentária acertada? Sabem? Pois. E sabem aqueles dias em que gostaríamos de nos sentir no nosso melhor, confiantes, com um cabelo fabuloso, a indumentária acertada e nada disso acontece? Sabem? Pois. E sabem aqueles dias em que gostaríamos de nos sentir no nosso melhor, giras e confiantes, mas estamos com o cabelo numa desgraça, o vestido que escolhemos revela-se demasiado curto, sentimo-nos gordas e inchadas e ainda temos o jantar de Natal da empresa? Sabem? Pois.
Welcome to my world.

Abri a caixa de pandora…

Quando permiti à minha filha que furasse as orelhas e usasse brincos. Claro que a pequena cria, vaidosona como se quer, não resistiu a mostrar às amigas e coleguinhas do colégio que agora faz parte do restrito grupo das meninas que tem “as orelhas furadas”. Ontem, quando a fui buscar à escola, cruzei-me com a mãe de uma das meninas que não perdeu a oportunidade para me dizer: “Sabe, a minha filha agora diz que também quer furar as orelhas e que a Madalena, que só tem 5 anos, já tem as orelhas furadas e ela não. Andamos em negociações.”
Apesar de ter sorrido e brincado com a situação, encarei aquele comentário quase como uma recriminação, do género: “Furaste as orelhas à miúda e agora ando eu aqui às voltas com a minha que também quer”, porque percebi que aquela mãe faz parte do grupo de pessoas que não aprova que se fure as orelhas às crianças quando elas ainda não têm, no mínimo, uns 10 anos. (Ou então sou eu que sou uma desconfiada em tudo e acho sempre que comentários destes têm o seu “quê” de maledicência, mas adiante.)
Imagino que aos olhos de outras meninas, igualmente vaidosonas e igualmente com 5 ou 6 anos, o facto de ter algo que as distingue do resto do grupo as torne especiais e admiradas, gere comentários do tipo “se ela tem porque é que eu não posso ter?”, que nem sempre são fáceis para os pais gerir. O que eu não tinha noção e desconhecia, é de que existe tanta gente que não concorda com o furar as orelhas a uma criança de “apenas” 5 anos. Que é “demasiado pequena”, “que devia de esperar mais um pouco”, que isto e aquilo…
E eu penso, "what’s the problem?" Lembro-me de ser criança e ter as orelhas furadas. Mais, lembro-me de ser criança, ter as orelhas furadas e de andar com as mesmas sempre infectadas – coisa que, felizmente, não se verifica com a pequena cria. Lembro-me de ser criança, de ter as orelhas furadas e de andar com argolas de ouro nas mesmas. Lembro-me de ser criança, ter as orelhas furadas, andar com argolas de ouro e com os meus dentes de leite pendurados nas mesmas. E isso sim é que era tenebroso! (Que raio de moda foi aquela nos anos 80?!?)
Agora, brinquinhos em forma de pequena flor não, isso é apenas “fofinho”.

cleaning the dust

 
O  ano está a chegar ao fim e eu achei que estava na hora de dar uma "volta" aqui ao estaminé. O fundo pesado e a imagem do sapato já foram à vida. Está ligeiramente mais despojado, leve e com um look mais clean. Ainda não está como eu gostaria, mas para já, é o que há. O que eu gostava mesmo, mesmo, mesmo, era de lhe dar uma volta total - mas não tenho conhecimentos técnicos para isso - nem orçamento que me permita gastar num blogue. Ainda ando em fase de teste com cores, imagens e layout de forma a criar um efeito o mais harmonioso possível e que vá ao encontro do meu gosto, por isso não estranhem se nos próximos dias isto estiver tudo alterado outra vez - que eu sou uma rapariga com picos de humor. De resto, cá continuamos - vou "prometer" ir actualizando isto de forma regular e frequente - consoante o trabalho e o cansaço o permitir, porque há alturas em que tenho mesmo pena de não escrever mais aqui e outras, totalmente opostas, em que acho que não tenho absolutamente nada para dizer e que a minha vida é um tédio.
(Eu avisei que sou uma rapariga com picos de humor, ok?)
Façam favor de entrar.

terça-feira, dezembro 17, 2013

Terça-feira é dia de?

No rescaldo do post de ontem tive um momento de desabafo no sítio do costume. (E mesmo assim ficou muita coisa para dizer, não fosse ferir susceptibilidades). Leiam, comentem, partilhem.

segunda-feira, dezembro 16, 2013

Das festas de Natal escolares

Este fim-de-semana lá tive a festa de Natal da escola da miúda. Não querendo parecer uma “desmancha-Natais”, mas sendo, escusado será dizer que as festas de Natal e de fim de ano lectivo do colégio da miúda são a maior seca a que tenho assistido nos últimos anos.
O que deveria de ser um momento divertido, a oportunidade para as famílias verem as suas crianças num momento de alegria, de celebração, leve e com gozo, acaba por se traduzir numa festa que pretende dar o salto maior que a perna. Este Natal então, ultrapassou o cúmulo do razoável e o resultado foram quase 3 horas de seca – literalmente seca – para o pouco tempo que as crianças aparecem e são as protagonistas da festa para alegria dos familiares.
Claro que há muitos miúdos e salas, dos bebés aos mais crescidos e todos entram e participam, mas o que me irrita no meio daquilo tudo são as histórias e situações que inventam e que metem as crianças a fazer. A máxima “keep it simple” ali não se aplica e o resultado de tal forma ambicioso, acaba por traduzir-se numa festa longa, extremamente longa para famílias, bebés e crianças terem de presenciar, assim como uma história que de Natal tinha pouco, sem fio condutor, com falas que não se percebem (obviamente que eram crianças e que só isso já torna a coisa complicada de gerir). Não seria mais fácil metê-los a todos a cantar, fazerem alguma coreografia ou peça de teatro e um espectáculo mais simples? Ficávamos todos contentes e acho que os miúdos desfrutavam mais. Já para não falar dos problemas técnicos que decorreram durante toda a festa e que a tornaram ainda mais prolongada do que deveria de ser.
A minha experiência de festas de Natal resume-se a este colégio da Madalena, já que no outro em que ela andou, era tão pequenina que nunca fizeram nada do género, mas depois, em conversa com outras colegas de trabalho que também são mães, constato que sou a única que não gosto das festas de Natal da escola da miúda. Serei a única a pensar assim? É certo que tenho fama de ter espírito crítico apurado (vulgo, mau feitio) e com a idade tende a ficar mais exigente (piorar), mas as pessoas que me acompanham e que presenciam a cena, concordam todas comigo.
 
A de Natal já foi, agora, lá para finais de Junho volto a actualizar este tema.

sexta-feira, dezembro 13, 2013

Agora o reverso da medalha

Na continuação do último post e depois de ter passado a noite a estoirar dinheiro em presentes para dar aos outros, enquanto deambulava pela Primark, decidi comprar um único artigo para mim - o meu “presente” a bem dizer - um pack de 3 anéis, entre eles um MA-RA-VI-LHO-SO em forma de cobra, pelo qual fiquei absolutamente apaixonada. Contentinha e muito feliz, coloquei o pack dos três anéis naquele mega saco gigante que a Primark tem e continuei nas minhas deambulações natalícias. Quando decidi ir para a caixa, como trazia vários artigos que queria em sacos separados e com talões sem preço e isto e aquilo por causa das trocas e das ofertas e dos “ai que não gosto disto deixa-me lá ir trocar”, nunca mais me lembrei dos anéis, aliás, pensava que eles iam no saco. Só quando cheguei a casa, cansada, com os pés estoirados, cheia de fome e a más horas é que, num momento de puro egocentrismo e compensação, corri os sacos à procura dos MEUS anéis que nem criança no dia de Natal.
Mas eles não estavam. Revirei os sacos todos, verifiquei o talão e nada. Os anéis não vieram (mas também não os paguei, é certo). O único artigo que tinha comprado para mim, aquela única coisinha em que decidi cometer um acto de loucura mimando-me, tinha-me sido privada devido à incompetência do rapaz da caixa que não verificou se o saco estava realmente vazio e à minha cabeça de andorinha que só se lembrou deles no momento em que chegou a casa.
Fiquei possuída, praguejei, disse asneiras e confesso que, por instantes, que nem uma criança a fazer birra, tive vontade de chorar.
É que decidi ir fazer compras de Natal ao Dolce Vita Tejo, um centro que não me fica propriamente a caminho de casa, onde só vou propositadamente para ir à Primark e onde não pretendo regressar tão cedo.
Não gastei dinheiro em mais um bem desnecessário, é verdade. Poupei 5 euros. Mas caramba, todos os dias me lembro dos anéis e de como iam ficar bonitinhos no meu dedo.
Sniff.

Do Natal


Esta semana, num impulso de obrigação, despachei praticamente todas os presentes de Natal. Claro que ainda me faltam uns dois ou três, mas a maioria já se encontra despachada, o que para mim é um enorme alívio. Geralmente deixo sempre tudo para a última, não compro os presentes de Natal com meses de antecedência, não planeio e acabo por me enfiar num shopping nas piores alturas, com filas para tudo – do estacionamento à caixa do supermercado – que me deixam à beira de um esgotamento.
Esta altura do ano, como se calhar alguns de vós sabeis, não me agrada particularmente. É sempre uma altura difícil de gerir, em que as emoções vêm ao de cima, em que faço balanços e em que geralmente fico meio “depré”. Por mim, podia hibernar este mês todo e acordar só em Janeiro que não me importava.
Mas pronto, apesar do desabafo e do espírito grinch, a verdade é que não deixo de o celebrar e de fazer por isso, com árvore, decorações de Natal e tudo a que se tem direito. Há que celebrar o que temos de bom na vida mesmo que ela nem sempre seja fácil, não é? E o Natal, quer queiramos ou não, quer gostemos ou não, é das crianças. E eu tenho uma filha que merece ter Natais felizes, cheios de magia e cor e alegria, como as crianças gostam. O Natal é delas e para elas e isso, devemos de fazer por perpetuar.
A pensar nela, enfiei-me no shopping a um dia de semana saída directamente do trabalho para um antro de consumo. Sem vontade, sem querer, mas obriguei-me a ir. Tinha de ser, antes agora do que mais tarde. Antes a um dia da semana do que ao fim-de-semana. Assim foi.
A verdade é que correu bem. O shopping estava a meio gás e por ser hora de jantar a maioria das pessoas não estava nas lojas, o que facilitou. Comprei presentes para a afilhada, para o pai, para o bebé da família que está quase a chegar e que ainda vai ser o nosso menino Jesus, algumas coisinhas pequeninas para ela na Primark – como brincos, pois a miúda furou as orelhas a semana passada e agora há que ter para experimentar, acho que ela vai delirar quando vir os brinquinhos em forma de flores, corações, borboletas... um pack de mais de 6 brincos diferentes que custou a módica quantia de 2 euros – umas botas ao estilo Ugg, um pijama polar quentinho com corujas (já vos disse que tenho uma “tara” com corujas?) e mais umas tantas merdices pequeninas. Faltava-me, no entanto, o “grande” presente para ela. Um brinquedo, algo que enchesse o olho para fazer as suas alegias. A minha filha tem a vantagem de gostar de tudo, não é esquisita e não me fez nenhum pedido em particular do que gostaria de receber. O que facilita a coisa. Acabei a noite no Jumbo, a olhar para as promoções de brinquedos e a ver se me decidia por algo. Foi então que vi uma série de caixas de um carro da Minie, que calculei estarem em promoção, mas cujo preço não se encontrava visível e identificado em lado nenhum. Peguei numa caixa e fui até ao sensor. O preço acusou 39,99€ e eu arregalei os olhos mas não me dei por vencida. Algo me dizia que aquele brinquedo estava em promoção e que aquele preço era o tabelado. Vi um inocente empregado a passar e já não o deixei fugir. O pobre, coitado, não fazia ideia mas lá acabou por me auxiliar. (De repente lembrei-me da senhora ceguinha do metro de Lisboa que diz sempre “tenha a bondade de me auxiliar”, mas adiante…) Disse-me: “Só quando passar na caixa é que vai saber”, ao que eu retorqui: “Mas eu não vou levar um brinquedo para pagar na caixa sem saber se ele está em promoção e só ficar a saber o preço no momento” – na minha cabeça o valor 39,99€ estava completamente fora de questão. Como estamos no Natal, o pobre do funcionário lá acabou por sacar da chave de caixa, dirigir-se a uma que se encontrava fechada, ligá-la, passar o brinquedo pelo sensor e vir com a boa nova: “O preço do brinquedo com o desconto fica em 12 euros”.
PARA TUDO! Como é que é? 12,00€?!?!
De 39,99€ passa para 12,00€?!?! É meu, é meu, já ganhou!
E pronto, terminei a minha noite feliz por trazer um brinquedo para a cria que custava 40 por 12 euros e ainda lhe comprei mais uma coisa da Polly – que ela adora aquelas miniaturas – porque achei que por 12 euros, sempre tinha orçamento para lhe trazer mais qualquer coisa.
Para mim, Natal é isto, descobrir verdadeiros achados que fazem as minhas alegrias e as da minha filha. Só por isso já valeu a pena.

quinta-feira, dezembro 12, 2013

o silêncio é de ouro


 
Almoço quase todos os dias na copa do meu local de trabalho. Recentemente criaram um espaço amplo e com todas as condições para as pessoas almoçarem e constatou-se que com a copa as pessoas almoçam mais na empresa. Não só almoçam mais na empresa como também convivem mais. E não só convivem mais, como também as que não almoçavam passaram a almoçar, trazendo comida de casa, porque agora sim, têm todas as condições para o fazer. Mais do que isso – de ter um novo espaço, com luz, com vários micro-ondas, vários frigoríficos e várias mesas onde cabe sempre mais alguém – há também no edifício uma nova máquina com refeições boas, baratinhas e com menu variado - que permitem a quem não traz comida de casa ir rapidamente à máquina e por menos de 3 euros, almoçar uma refeição decente. O que é prático e num local onde as ofertas de almoço por perto não abundam dá sempre jeito. O resultado traduz-se por isso e como já tive oportunidade de dizer, em uma copa cheia à hora do almoço.
Hoje, como todos os outros dias, rumei à copa para aquecer a minha comida e almoçar a minha refeição. Há dias em que a copa está de tal forma cheia que não há lugares para tanta gente e em que parece que estamos num restaurante à espera de mesa, com fila para aquecer a comida e para as cadeiras. Também há um grupo enorme de jovens estagiários que entraram todos na mesma altura e que, por norma, comem todos juntos, fazendo um círculo que chega a ter dez ou mais pessoas todas apertadinhas e em amena cavaqueira.

Estava eu na copa, sentada sozinha a uma mesa, junto a outra cheia de estagiários apertadinhos que encontram na hora do almoço o momento perfeito para relaxar e falar de tudo aquilo que não podem durante o horário de trabalho, não se coibindo de dizer aquilo que pensam sem medir consequências. A minha teoria é de que, provavelmente, como me veem a comer na mesmíssima copa com um tupperware em frente, sou apenas mais uma – que sou – mas sem medirem as consequências das conversas que têm mesmo a meu lado. Não que eu represente um perigo. Não é essa a questão, a questão passa por me lembrar de ter a mesmíssima idade e de ter mais ou menos a mesma atitude, coisa que hoje em dia reprovo. Recordo-me dos deslumbramentos, das frases cheias de afirmação e dos comentários que vinham directamente do cérebro para a boca sem filtro.  E penso, “Meu Deus, que ingénua e arrogante era ao mesmo tempo… e burra, burra por sempre ter tido esta mania de falar mais do que aquilo que realmente devo”. O que é mais ou menos o mesmo que penso destes jovens que comem a meu lado, em que censuro o que dizem sem filtro e sem terem noção das consequências – ou dos problemas que podem ter – em ter aquelas conversas no local onde esperam ficar a trabalhar.
E querer mandar-lhes dois berros bem alto e dizer: “Meninos, tenham lá juízo, acabou-se a brincadeira”, que nem uma velha sem paciência. Mas ficar calada e continuar a comer, sozinha naquela mesa, tendo como companhia o meu tupperware. Porque se há algo de bom que os anos e as cabeçadas da vida me ensinaram, é que é sempre melhor ouvir do que falar e que mais vale só do que rodeada de gente que mais tarde ou mais cedo nos pode apunhalar pelas costas… principalmente quando o assunto é trabalho.


quarta-feira, dezembro 11, 2013

respirar

 
Se eu escrevesse tudo aquilo que me vai na alma e dentro do peito, chocaria. Por isso, limito-me a guardar, que nem caixinha, o que vou sentindo, como se o não verbalizar amenizasse a ansia de viver mais do que aquilo que vivo e a realidade fosse tão mais suportável que não esta espuma dos dias sem sentido de felicidade.

terça-feira, novembro 12, 2013

Terça-feira é dia de...?

Eu sei que estou em falta. Eu sei que já devia de ter escrito sobre o Concerto Mais Pequeno do Mundo com os Deolinda (que foi lindo, lindo, lindo), que já devia de ter escrito que agora não oiço outra coisa a não ser a fantástica voz da Ana Bacalhau e o fantástico álbum "Mundo Pequenino", que é grande, grande, grande, que já devia de ter escrito sobre o facto de andar a ouvi-lo em loop no Youtube e de hoje ter chegado ao trabalho, ligado o computador, colocado os phones e, constatado - para grande pesar meu - que o mesmo havia sido removido por questões de direitos de autor, ou de que o Hotel Palácio dos Arcos em Paço de Arcos é fantástico e com uma vista de cortar a respiração. Eu sei que já devia de ter escrito sobre isso tudo - e até tenho uma data de fotos para mostrar - mas não tenho tido tempo! É a mais pura das verdades. Ando a mil, a desdobrar-me em várias, com um ritmo meio enlouquecido, mas ontem lá me obriguei a escrever para o sítio do costume e não falhar mais uma semana.
Aqui fica a crónica de hoje sobre um tema onde há pano para mangas e onde não disse nem metade.
(Faltou-me o tempo!)

quinta-feira, outubro 31, 2013

Quem é que ganhou, quem foi? Quem foi?


Pela primeira vez ganhei algo assim, assim, BOM! Um prémio "a sério", fruto de algo que escrevi e que concorri e logo no dia do meu aniversário!
Este sábado lá vou eu, jantar com os Deolinda, assistir ao concerto Mais Pequeno do Mundo da Rádio Comercial e passar a noite no Vila Galé Paço de Arcos, tudo porque consegui descrever em 100 palavras o "Meu Mundo Pequenino".
Estou eufórica!
Weeeeeeeeeeeee

the day after

Pronto, os 35 já cá cantam. A travadinha que me assola sempre nesta altura do ano já passou (em parte vá), não percebo como é que fico sempre com este “birthday blues”, ou melhor “October blues” todos os anos.
Foi um dia calmo, frio, mas cheio de sol. Fui trabalhar, para espanto de muitos dos meus colegas - que geralmente tiram o dia de aniversário de folga – e passou rápido. Não me importo nada de trabalhar no meu dia de anos, aliás, acho que sempre o fiz. O dia passa rápido e quando damos por ele, já foi. De que me vale tirar o dia de aniversário de folga se toda a gente está a trabalhar? Pior seria ficar sozinha em casa, aí sim, ia ficar deprimida. Nada como chegar ao escritório e ser mimada pelos colegas, sair para ir almoçar a um sítio diferente na companhia de algumas amigas (não sei porque insisto voltar ao Deli Delux quando já sei que ali o serviço é péssimo, mas a vista, o rio ali ao lado e a luz de Lisboa, lá me fazem encolher os ombros e sentir-me mais cosmopolita, mesmo que por breves instantes), a tarde passa mais rápido e quando damos por nós, estamos a caminho do jantar e o dia está praticamente passado. Tive surpresas, mas no geral foi tudo muito tranquilo. Não houve bolo de anos, nem cantar de parabéns. Houve telefonemas, sms e muitas, muitas, muitas mensagens no mural do Facebook. Aliás, tenho noção de que se não fosse o Facebook, nem um terço das pessoas se lembraria, o que é perfeitamente natural, eu própria sou péssima para datas.
E agora começa nova contagem decrescente, para amanhã, onde será ela a protagonista, com direito a bolo e cantar de parabéns e festa e presentes e tudo a que tem direito, porque é assim que devem ser os aniversários quando se é criança! Mas é-me impossível não relembrar que a esta hora, há cinco anos atrás, já eu sabia que ela ia nascer e estávamos a momentos de nos conhecer e apaixonar para a vida inteira.
5 Anos.
Caramba, o tempo voa.

quarta-feira, outubro 30, 2013

35

35
A metade dos “entas”.
Caramba, ainda nem acredito bem.


terça-feira, outubro 29, 2013

o aniversário dela

Acabei por não fazer uma festa com crianças para celebrar o 5º aniversário da minha filha, por uma questão de poupar uns trocos e evitar chatices. Decidi que não haveria festa de aniversário em local a designar, nem aluguer de espaço, convites, catering e largar, desta forma, perto de 300 ou 400 euros para lhe proporcionar um dia memorável. Decidi ir pela versão económica, levar um bolinho à escola, cantar os parabéns na sala de aula e à noite fazer algo mais pequeno, um jantar para a família mais próxima.
Acontece que a família, tirando os meus pais,  ninguém tem disponibilidade de estar presente e saber que irei fazer um jantar de aniversário para uma criança de 5 anos com apenas 4 adultos, parte-me o coração.
 
 

sexta-feira, outubro 25, 2013

25 quilos de gente

Fui com a miúda à consulta de rotina dos 5 anos. Tudo ok, está óptima, nada de especial a assinalar tirando o facto de a pequena cria (ou deverei dizer "texuga"?) ter apenas quatro anos (pronto, faz 5 de hoje a exactamente uma semana) e pesar 25 quilos!
 
25 quilos!!!
 
Tudo bem que é alta e proporcionada, mas está gigantesca e, para evitar que corra o risco de vir a ser obesa a médica mandou cortar-lhe, literalmente, na ração.
Eu já sou super cuidadosa no que diz respeito a doces e quase nunca a deixo lambuzar-se, todos os dias lhe dou sopa e há sempre salada e legumes a acompanhar TODAS as refeições, fritos é  outra coisa que raramente ou nunca entra cá em casa, mas a balança não engana.
E claro, eu falo por mim e sei os cuidados que tenho, o mesmo não posso dizer do pai. Ou melhor, não sei o que lhe dá, nem o que come.
Seja como for, a indicação é para começar a mexer, fazer desporto - de preferência ginástica - e evitar ao máximo as bolachas, o pão e até frutas, por causa dos açúcares.
 
Mal saiu do gabinete da médica vira-se para mim e pergunta: "Mãe, posso comer pão? É que estou com fome, já comia qualquer coisinha."
Eram 15h15 da tarde e tinha almoçado há cerca de duas horas.
 
Estou tramada.

quinta-feira, outubro 24, 2013

Eu sou daquelas pessoas que gosta de chuva, mas sempre que há cargas de água fortes e contínuas, fico angustiada. Primeiro porque moro num prédio a cair de podre, como tantos outros de Lisboa, mas que com o passar do tempo e dos anos, da falta de condomínio e de manutenção, está cada vez pior, cada, cada, vez pior… segundo, porque sou a que estou mais perto do telhado, o que significa que sempre que há chuvadas fortes, eu tenho problemas em casa. Ontem, quando saí do trabalho e assim que cheguei a casa, a minha preocupação foi logo ir a correr ver se estava tudo bem. Não estava. Na sala, junto à janela e perto de um nicho onde existem umas prateleiras embutidas, quando há chuvadas muito fortes, escorre água – ou de duas rachas que já lá se encontram instaladas, ou directamente do aplique da luz - e aí sim, fico em pânico. Depois da forte chuvada do final do dia, a parede acusava o excesso do peso da água que caiu e por ela abaixo escorriam várias estradas. Corri ao quarto que, por ser em água furtada e ter janela velux sempre me faz ter o coração nas mãos, mas não havia sinais de infiltrações e estava tudo bem, sosseguei. Na cozinha, junto à janela que há dois anos me deu das maiores aflições da minha vida – com água a cair como se estivesse na rua – também estava tudo bem. Fiquei mais calma. Rezei para dentro e pedi muito para a chuva parar e o meu coração sossegar. “Não posso ser tão negativa” – pensei - “Não posso ser tão negativa”. Fiz o jantar, dei banho à miúda e, quando estávamos a terminar a refeição, entre o som que vinha da televisão e a conversa banal à mesa, um ruído insistia em dar sinal e prendia-me a atenção. Da cozinha caia um “ping-ping” que se torna cada vez mais familiar e que os meus ouvidos de tísica detectaram. De um aplique de luz - tenho tecto falso com apliques de luz embutidos em toda a casa - caía água em direcção ao chão, em pingos cada vez mais ritmados.
Há dois anos tive este problema com as primeiras chuvas de Outono. Tive de contratar uma pessoa para vir limpar os algerozes e ver o que podia ser feito. Tirou lixo, levantou algumas telhas e pouco mais. Cobrou-me perto de 200 euros e “Tchau aí”. A coisa ficou resolvida durante uns tempos - pelo menos na cozinha não houve mais problemas – até ontem. No dia anterior a minha mãe, qual bruxa, dizia-me: “Tu vê lá que esses algerozes devem estar a precisar de serem limpos” e eu, muito secamente, respondi, “Foram limpos há dois anos, levaram-me 200 euros para o fazer, tenho lá 200 euros para mandar limpar algerozes outra vez. Estou farta de gastar dinheiro”, pondo fim à conversa. No dia seguinte acontece-me isto.
Depois de uma noite em que a chuva continuou a não dar tréguas, hoje de manhã cheguei à cozinha e estava tudo seco, os pingos tinham parado. Na sala também não havia sinais de água a escorrer pelas paredes. Agradeci a algo ou alguém que tenha escutado as minhas preces e apesar do dia cinzento lá fora, acreditei que o pior já tinha passado.
Mas agora que cheguei ao trabalho, continuo aqui de coração apertado, a sentir-me insegura e indefesa perante algo que não consigo controlar e do qual não sei o que fazer, principalmente quando vejo que lá fora cai outro dilúvio e não sei em que estado encontrarei a minha casa quando lá chegar.
Odeio viver em casas velhas. Odeio. Sinto-me tão indefesa e insegura nesta casa que até tenho o sonho recorrente de que o chão está prestes a partir, então ando muito devagarinho com medo de o meu peso fazer cair as poucas tábuas de madeira que ainda nos sustêm e digo à minha filha para não correr nem saltar, porque podemos cair no andar de baixo. Acordo sempre angustiada quando este sonho me assalta a mente durante a noite.
Sinto que esta casa vai ser a pedra no sapato da minha vida. O prédio não tem condomínio nem nunca teve, as poucas pessoas que nele vivem não estão nem aí para o assunto. Pago um empréstimo ao banco que me leva metade do meu ordenado e que me deixa, literalmente, com a corda ao pescoço todos os meses. O sacrifício que faço para conseguir continuar a cumprir com a dívida que contraí para a vida, não é proporcional à falta de segurança ou de condições que tenho. Se arrependimento matasse, este seria sem dúvida o grande arrependimento da minha vida, o dia em que decidi comprá-la, num gesto impulsivo de imaturidade e emancipação. Divorciei-me e fiquei com este legado nas mãos. Demasiado caro e velho para ter um final feliz à vista. Vender? É uma hipótese, mas a casa já esteve à venda há uns anos e ninguém lhe pegou. A solução na altura passou pelo arrendamento, mas quando me divorciei, por coincidência ou não, o inquilino comunicou que queria sair e para mim, naquele momento, voltar a esta casa era a solução mais acertada. Afinal era minha e para quê ir meter-me noutra se tinha de continuar a pagar esta? Fazer obras? Era bom, mas não tenho dinheiro. Continuar ali? Que remédio. Até quando? Não sei, mas por mim saía já hoje.
Vou continuar a rezar baixinho e a pedir que a chuva pare.

quarta-feira, outubro 23, 2013

my eyes, my eyes


Alguém conhece algum truque fantástico para acabar com as olheiras? Antes era mocinha para nunca, mas NUNCA ter olheiras e agora, não há creme, anti-rugas, corrector, nem noite de sono ou sestas, que acabe com elas.

terça-feira, outubro 22, 2013

"It's the end of the world as we know it (and I feel fine)"

Ontem, por algumas horas, o mundo sentiu o que é viver sem estar constantemente ligado ao Facebook . “O mundo ao contrário” com banda sonora dos R.E.M., porque os dias cinzentos puxam ao saudosismo.

Para ler, hoje, no sítio do costume.

são teus olhos azeitonas, cachopa.

Dia de visita de estudo da pequena cria = deixá-la na escola às 8 da manhã e estar no trabalho às 8h20!
Diz que vão ver a "apanha da azeitona" para Alcácer do Sal.
Com esta chuva e com o sono que tenho, espero bem que me traga um garrafão de azeite!

segunda-feira, outubro 21, 2013

Bob

 
Cortei o cabelo. Voltei ao meu tão amado "bob". Franja a direito e cabelo curto a bater pelo queixo, ligeiramente mais comprido à frente. Gosto de me ver assim, sinto-me mais "eu", mas ao mesmo tempo, depois de ter passado vários meses com o  cabelo comprido e franja ao lado, não consigo evitar a sensação de que pareço a Anna Wintour.

domingo, outubro 20, 2013

decisões

Ando indecisa se hei-de vender o meu anel de noivado ou não. Por um lado o dinheiro dáva-me jeito, por outro sinto que se o fizer, perderei para sempre uma parte de mim e uma parte da minha história, mesmo que essa história não tenho dado certo.
Ando com a caixinha com o anel dentro da mala há semanas, mas ainda nunca tive coragem de entrar dentro uma ourivesaria e mandar avaliá-lo. Não faço ideia de quanto será o seu valor, se é que tem algum. Sempre ouvi o meu ex marido gabar-se de que tinha gasto uma fortuna no anel, mas eu olho para ele e acho-o demasiado simples e discreto, comedido, a antítese de tudo aquilo que eu me considero e penso que, muito provavelmente, aquele anel e o valor elevado que quem mo ofereceu gostava de apregoar à boca cheia, deve ser mais uma das suas ínfimas mentiras para engrandecer o seu pobre ego.
Sempre achei que aquele anel não tinha nada a ver comigo e sempre achei a escolha infeliz. Se por um lado significava o amor de um homem por mim, o único homem que na vida se ajoelhou a meu pés e me pediu em casamento, por outro, sempre achei que esse homem não me conhecia o suficiente para saber que aquele anel não era eu.
Penso se farei bem em guardá-lo, se vale assim tanto a pena vendê-lo, imagino-o um dia mais tarde a dá-lo à minha filha como a passagem de uma jóia de família, o fruto do amor que houve um dia entre as duas pessoas que a geraram. Dou por mim a olhar montras de ourivesarias e a ver aneis que podiam, perfeitamente, ser de noivado. Ontem parei em frente a uma, cheia de anéis belísssimos - que fazem inveja ao meu - a preços que não chegavam aos 50 euros. Decidi que, muito provavelmente, o melhor é deixar o anel dentro da sua caixa, guardado e esquecido, mesmo que nunca tenha gostado assim tanto dele.
Afinal, foi o único que me deram na vida.

sexta-feira, outubro 18, 2013

Macbain

 
Ontem fui ao teatro ver a nova peça Macbain com o Gonçalo Waddington e a mulher, Carla Maciel. (I like him, a like him a lot!)
 
Tinha lido as entrevistas em torno da mesma e o conceito que tinha levado à sua concepção e fiquei logo mortinha por ir vê-la. Macbeth e Curt Cobain, how genius is that?
 
E lá fomos.
 
E...
 
E que não posso dizer mais nada, porque esta menina lê este blogue e só vai no Domingo.
 
Melissa, depois diz-me a tua opinião que estou curiosa! ;)
 

quinta-feira, outubro 17, 2013

fragmentos



Fui almoçar com duas amigas ao Deli Delux, mesmo ali à beirinha do Tejo, com um sol maravilhoso como companhia. Quando saí do carro, mesmo à minha frente, erguiam-se dois barcos cruzeiro altíssimos, de vários andares, imponentes e gigantescos. Vários turistas, todos seniores, acabavam de chegar dos transfers e dirigiam-se ao cais de embarque. Senti-me muito airosa e portuguesa, de vestido preto comprido e botas, com os cabelos muito castanhos, no mais puro contraste com as suas roupas claras, mangas curtas, ténis e cabelos louros e brancos. Depois senti-me ridícula porque, bem vistas as coisas, enquanto eu me enchia de vaidade pessoal, ali estava a personificação de um país medíocre, sem um tostão onde cair morta e sem poder fazer aquilo que eles estavam a fazer naquele preciso momento: viajar.
Deixei-me de merdas e fui ao encontro delas, feliz da vida por mudar um pouco de cenário à hora de almoço e não me resumir à marmita e à copa da empresa que tinham ficado lá no canto delas. Hoje ia dar uma de burguesa, de lisboeta retro chique. Fui a primeira a chegar e a esplanada estava cheia. Sentei-me sozinha no sofá e pedi penne com pasta de azeitonas, tomate assado e mozarela. Entretanto chegaram elas. Já não as via há 7 meses. Caramba, como é que é possível estarmos tanto tempo sem ver alguém? Ainda por cima pessoas das quais se gosta! (Pequena adenda: já reparei que escrevo muitas vezes a palavra “caramba”, tenho de ver se mudo isso, mas, caramba, não é fácil).
Comemos todas o mesmo e bebemos todas vinho tinto, Terras D’alter. Fui a primeira a abandonar o ‘barco’, porque a hora de entrada já conspirava contra mim. Deixei-as lá, a conversar pacatamente, a desfrutar do sol de Lisboa, com os seus pennes com pasta de azeitona e copos de vinho tinto, com o tempo todo pela frente.
Saí com a alma lavada e feliz, mas depois pensei, “Porra, o sacana do alentejano era mesmo bom.”

quarta-feira, outubro 16, 2013

a inveja é uma coisa muito feia...

Ando tão alienada deste mundo dos blogues (dos que lia, dos que seguia, quem eram, o que escreviam) que já me tinha esquecido o quanto este é bom.

Hoje decidi espreitá-lo porque me apareceu no feed de um outro que visitei de passagem e caramba, ela é sublime.

(Confesso que se há coisa da qual tenho profunda ciumeira, é o de não escrever assim)

calimera mood

Hoje decidi vir de sabrinas. Ainda experimentei uns botins de salto antes de sair de casa, mas tirei-os dos pés, convicta que estava de que as sabrinas “é que eram boas”. Rasinhas, rasteirinhas, uma verdadeira luva de seda para andar o dia todo descansada sem stresses de torcer um pé na calçada portuguesa, ou de sentir os tornozelos inchados (que isto quando se vai fazer 35 anos começa a haver toda uma série de coisas que antes achávamos o máximo mas para as quais, agora, já não temos paciência). Pronto, lá as calcei. Ficavam mesmo bem com as minhas calças em padrão floral de preto e branco e túnica branca. São pretas, debruadas a branquinho no laçarote. Toda “matchy-match”, portanto.
Só que as p**** das sabrinas estão-me largas! Não sei lá o que aconteceu e o que se passou, que sempre que dou dois passos, lá estão as gajas a chinelar. Tem sido um dia de nervos à custa das sabrinas e a sentir-me a aleijadinha de cabo ruivo e arredores, com os pezinhos a fazer força à frente para que não fiquem pelo caminho.
É só a mim que estas coisas acontecem?

terça-feira, outubro 15, 2013

chamar as coisas pelos nomes

Digam o que quiserem, mas eu adoro as crónicas desta senhora.

A-DO-RO!

É que penso tal e qual. (Se incomoda muito boa gente? Pois incomoda, principalmente aquelas mãezinhas que gostam de bater com a mão no peito e que acham que chamar as coisas pelos nomes e tal como elas são – sem floreados e sem merdas – devia de dar direito a arder no inferno.

segunda-feira, outubro 14, 2013

As crianças Ikea

De manhã, atrasada como sempre – ainda mais a uma segunda-feira, em que fiquei acordada até tarde e de manhã o corpo teimava em não sair da cama – abro a porta do quarto dela e dou-lhe os bons dias.
“Cucu, está na hora de acordar! Bom dia!” – digo, enquanto abro a porta, espreito muito rapidamente e corro para a cozinha para puxar o estore e deixar entrar a luz.
Ela, como sempre, acorda sem birra nem dramas. (Tem muito bom acordar esta minha filha) E depois daquele ar de sono típico de quem sai do quente da cama, senta-se na mesma e, muito séria, com olhos de cachorro Sad Sam, vira-se para mim e pergunta:
“Mãe, quando é que temos um mano ou uma mana?”
Ai minha Nossa Senhora – e logo hoje que é 13 de Outubro – que a criança a perguntar-me isto mal acorda não é normal. Acho graça, sorrio, penso no que lhe hei-de dizer e respondo com muita calma, vendo o ar infeliz e de preocupação da pobre.
Querida, a mamã agora não pode ter bebés. Ainda hás-de ter um mano ou mana, mas a mamã agora não tem condições.”
Ela soltou um triste e desolado um “Ohhhh” com o ar mais infeliz do mundo e muito cabisbaixa começa a choramingar. Tento remediar a situação da forma mais airosa que me lembro e  digo: “Além disso, nem temos espaço cá em casa. Já viste, se tivesses um mano ou uma mana, não cabia aqui no teu quarto. Não tínhamos espaço para colocar a caminha dele. O teu quarto já é tão pequenino que não cabe aqui uma caminha para o mano(a).”
Depois de dizer isto fico, por breves segundos, satisfeita comigo mesma por achar que dei bem a volta à questão e que pondo as coisas desta maneira ela chegaria à conclusão que de facto não há espaço lá em casa para mais uma criança… mas enganei-me.
Ficou a pensar durante uns segundos e depois, muito assertiva, diz-me:
Há sim, há espaço para a caminha de um mano. Colocas a caminha do mano por cima da minha”
E pronto, com esta conclusão de raciocínio, tirou-me qualquer argumento. São assim as crianças “Ikea”… Arranjam soluções de reaproveitamento de espaço onde nós não as vimos.

sexta-feira, outubro 11, 2013

soundtrack


Sempre que estou com a neura ou deprimida oiço o álbum Dummy dos Portishead.

Bolas, que poder brutal que esta música tem para me acalmar. É um verdadeiro bálsamo para a alma.

terça-feira, outubro 08, 2013

Outubro faz-me mal.


 
No dia em que faria 7 anos de casada, um texto sobre o final e o depois.

domingo, outubro 06, 2013

Tenho em mim sobretudo melancolia por tudo o que podia ser e não sou.
Hoje é um desses dias.
O mês de Outubro faz-me mal.

quinta-feira, outubro 03, 2013

Aperta aqui levanta ali

O Outono tem destas coisas e hoje já vesti, pela primeira vez nesta estação, uns collants opacos.
Mas não são uns collants opacos quaisquer... são uns collants opacos que apertam à frente e levantam atrás. E entenda-se que quando digo "atrás", é porque têm duas bolas, sim, isso mesmo, duas bolas onde é suposto encaixar o rabiosque. "Push-up" de seu nome.
Toda uma nova "dinâmica" que ainda não tinha vivenciado.



A minha vida é feita destes pequenos momentos.

terça-feira, setembro 10, 2013

Terça-feira é dia de...?

Depois de mais de 3 semanas de interregno – as férias foram boas sim senhora e bem podiam vir outra vez – eis que regresso à escrita no A Vida de Saltos Altos, com uma história de fazer chorar as pedras da calçada. Um amor com 73 anos com banda sonora a acompanhar.
Para ler no sítio do costume, porque hoje é terça-feira e eu já não escrevia há muito tempo. Ide, ide lá espreitar. (mas mundam-se de um kleenex, just in case).

quarta-feira, agosto 14, 2013

Só falta um bocadinho "assim"...

 
Quem é que está quase de férias, quem é? Quem é? Sou EU!
Ainda nem acredito que já falta tão pouco! (E que ainda tenho tanto para fazer!)
E quem é que chega hoje, quem é? Quem é? ELA! A minha pequena cria vem para os meus braços já logo à noite e ao contrário do que era esperado.
E quem é que perdeu centímetros nas coxas, barriga, ancas e cintura, quem foi? Quem foi? Fui EU!
As drenagens linfáticas e pressoterapia que ando a fazer finalmente começaram a dar fruto!  Isso e os litros de chás que bebo. (Malvada retenção de líquidos) Agora só falta mesmo é perder uns 3/4 quilinhos para me sentir "au point".
Estou feliz!

terça-feira, agosto 13, 2013

terça-feira é dia de...?


Pois, de textinho, por estas bandas.
Hoje, inspirada pelo filme "o que as mulheres querem", filosofei um pouco sobre o assunto.
Afinal, até Freud se debateu com esta questão durante grande parte da sua vida.
Mas eu explico.

segunda-feira, agosto 12, 2013

mood de segunda-feira

Depois de um fim-de-semana bastante sorumbático, eis como me sinto: capaz de comer o frasco de Nutella às colheradas do princípio ao fim para ver se me alivia a neura.

e assim começa a semana

3 dias. Faltam 3 dias.
Estou tão cansada, tão a necessitar de descanso, que ando a contar os dias para ir de férias. Mesmo sabendo que as férias em si, significarão trabalho contínuo, fazer refeições a dobrar - porque ao menos, quando trabalho, não tenho a preocupação de ter de fazer almoço todos os dias, coisa que nas férias não acontecerá. Isso e tirando o facto de ter de arrumar malas, pôr roupa a lavar e passá-la a ferro antes de ir, ter uma pequena cria que precisa de ser estimulada e de atenção - continuamente - e que virá cheia de saudades depois de 15 dias afastada de mim. (Ou não, também poderá vir com um mau feitio "daqueles" de me abrasar a cabeça e de me enferniar a vida) e de saber que vou ter uma semana de praia e piscina - isso é garantido - mas que a segunda semana regressarei a casa e, provavelmente, andarei em Lisboa, sem nada de definido ou concreto por fazer, a ver os dias e as horas passarem e a sentir que apesar de precisar de férias, não fiz nada de jeito com elas.
É sempre assim.

quinta-feira, agosto 08, 2013

Quando leio coisas...

... Assim, desfaço-me imediatamente em lágrimas.
E o pior é que não é em casa, no conforto do lar, longe de olhares indiscretos e em ambientes onde chorar não é suposto.
 
É o que faz procrastinar ao final da tarde, quando a vontade de ser produtiva já não abunda e decidimos fazer um "intervalo de 5 minutos", a dar uma vista de olhos pelos blogues de sempre.

Pequeno truque de beleza que me tem deixado espantada e maravilhada

O meu cabelo andava fraquinho, ralinho, fininho. Assim, tudo em diminutivos que é para terem bem noção do estrago. Acresce a tudo isso, o toque áspero e as pontas a quererem espigar. Num repente impulsivo, decidi-me a cortá-lo. E não, não me arrependo. Cada vez constato mais que por muito que goste de ver raparigas com longos cabelos compridos, para mim, em mim, já não faz muito sentido. Chateia-me e sinto-me “menos” eu. Bom, adiante.
Cortei o cabelo, andava feliz da vida, mas as pontas fininhas e o aspecto baço continuavam lá. Bem sei que lhe dou secador todos os dias, que o estico e lhe espeto com laca amiúde, que tirando o champô e o condicionador não lhe presto grandes mimos, por isso também não podia esperar milagres, certo?
A semana passada, a rapariga onde vou fazer a pressoterapia, numa das nossas muitas conversas durante os tratamentos, disse-me maravilhas do óleo de coco. Que ajuda a emagrecer, a perder barriga, que faz bem à pele e aos cabelos, deixando-os lisos, brilhantes e fortes.
E eu, como sou uma pessoa altamente influenciável em relação a tudo o que me permita resultados práticos e baratos, lá me pus a fazer pesquisa na net - onde li maravilhas sobre esta banha da cobra - e me decidi a passar por uma loja do celeiro e a comprar o dito cujo.
Ainda só apliquei duas vezes, (tento fazer dias alternados) mas já noto resultados. Antes de me deitar aplico uma noz com a ponta dos dedos, reforçando em particular a zona das pontas e meio do cabelo – onde ele se encontra mais áspero – e deito-me. De manhã, tomo o meu duche diário, lavo a cabeça e o resultado traduz-se num cabelo mais “domado”, mais liso, mais brilhante e mais sedoso. Parece que lhe fiz uma super máscara de hidratação. Hoje uma colega até comentou que o meu cabelo estava “diferente, mais brilhante”. E a verdade é que notei resultados imediatos logo no primeiro dia em que fiz isto. E também é bom para hidratar a pele, principalmente nas zonas mais ásperas – como pés, mãos ou cotovelos – com a vantagem de ficar com um ligeiro cheirinho a coco, o que é sempre agradável no verão em alturas de mar e praia.
Quanto a perder a barriga e emagrecer, bom… aí os resultados não são tão visíveis, (ou imediatos), mas com um cabelo mais bonito e uma pele hidratada, a coisa já não custa assim tanto.

Pequenas coisas que me afligem #2

Hoje sinto-me exausta. Dói-me a cabeça, tenho um peso nos olhos, não vejo a hora de ir para casa. Estou convencida de que é sexta-feira e não quinta – deve ser o corpo que o pede – e depois de uma manhã a sentir-me gelada (neste escritório o ar condicionado está sempre regulado para temperaturas árticas), agora tenho calor. Trouxe uma camisola de manga comprida, porque andar sempre arrepiada mesmo em pleno verão, é um estado permanente que me assiste ultimamente.
Devo estar a “ovular”, porque os sintomas são os mesmos de quando está para me vir o período – até o mau humor – mas como ainda falta, acaba por ser mais ou menos parecido. Falta-me energia anímica (como dizia o outro).
Ando a ficar sem paciência para acordar cedo e todos os dias me atrasar, passar a vida a adiar o despertador de cinco em cinco minutos e acabar por ficar meia hora na cama, render-me à preguiça de me levantar e vir, depois, afogueada e a grande velocidade, porque não fui capaz de vencer esta inércia matinal. Passar o dia com sono e quando chega a noite, ficar acordada até à uma da manhã porque, o sacana, decidiu não aparecer quando deve.
Estou farta de usar sandálias e ficar com os pés todos encardidos – não sei lá o que faço, mas chego a meio do dia com os mesmos todos mascarrados e a parecer uma pedinte. (Quero os botins de volta, assim tipo, já!!)
Chateia-me estar inchada, sentir-me apertada na roupa e não ver o ponteiro da balança descer.
Tenho saudades da minha filha e ando a contar os dias para que regresse aos meus braços. E nem as chamadas diárias colmatam a ausência, pois aquela safada nunca quer falar comigo ou quando o faz, nunca está concentrada, deixando-me sempre pendurada, preferindo ver desenhos animados ou focar a atenção em qualquer outra coisa mais interessante e imediata do que “falar com a mãe”.
 
Andar com as chaves do carro embrulhadas em fita-cola para que funcionem, ter perdido uma hora e meia de almoço a tentar arranjá-las e sair das chaves do areeiro do mesmo modo em que lá cheguei, ou seja, com o problema ainda por resolver. Ter de lá voltar no Sábado de manhã e preparar-me para perder mais hora e meia de vida à espera. Largar perto de 40 euros ou mais por umas chaves novas e rezar a todos os santinhos para que depois funcionem.
 
Ter uma conta de água por pagar – cujo prazo termina amanhã – que ronda os 90 euros! Sim, em água - e nem tenho uma piscina, ou máquina de lavar loiça, faria se tivesse, mas pelos vistos devo ser uma maluca a tomar banho - porque só em taxas para a câmara e afins, é quase metade do valor. E ainda falta pagar a renda da casa, a conta do gás, da luz e da TV Cabo. Verificar que depois disto vou de férias com o saldo quase a zero, mas estar desejosa de que esses dias cheguem, mesmo que depois não tenha dinheiro para ir a mais lado nenhum.
Caramba, acho que tenho de ir ao chinês comprar um daqueles gatos dourados que dão à pata, para a frente e para trás. Fiquei ontem a saber que a finalidade do bicho é “chamar dinheiro”. Bom, se forem baratos acho que trago logo uma dúzia.
 

quarta-feira, agosto 07, 2013

pequenas coisas que me afligem


Sou só eu que acho o realizador Rúben Alves (da Gaiola Dourada) um pedaço de mau caminho?
"Jasus" que o rapaz é bonito! (E talentoso!)

Ontem foi dia de?

Aaaiii.... minha Nossa Senhora da grela que não há outra como ela! Então eu não me esqueci de partilhar o meu texto de terça-feira? Tsss, tsss, tsss, shame on me!
Ainda por cima fala de sexo! (ou melhor, da ausência dele!)

terça-feira, agosto 06, 2013

a história da minha vida

 
É mais ou menos isto. Das duas uma: com tanta expectativa e desejo em ir, quando tiver oportunidade de, efectivamente o fazer, ou é a viagem da minha vida, ou fico desiludida de morte.
Ninguém deveria de desejar tanto uma coisa e não a conseguir realizar.
Aiii, como é triste ser pobre.

segunda-feira, agosto 05, 2013

Invicta

Regressei ao Porto numa pequena escapada com pernoita incluída, embalada por claves musicais e partituras de Bethoveen, passeei junto à ribeira, fui até Gaia, senti os cheiros e aromas do Douro e matei saudades da cidade que deu início à nossa história.
Foi bom.

sexta-feira, agosto 02, 2013

amor à primeira vista

Ontem, numa ronda de hora do almoço pelo shopping, enquanto entrava e saía de algumas lojas onde abundavam letreiros garrafais a anunciar os restos dos saldos e preços de últimos dias, vi-o.
Ali estava ele, timidamente exposto, elegantemente discreto, mas bonito o suficiente para me fazer parar, reparar nele e dirigir-me ao mesmo.
Azul escuro, sem adereços ou brilhos, de uma elegância principessa, como quem chama por mim.
Pensei: "Caramba, se tivesse um casamento, uma festa, algo onde tivesse de marcar presença e que exigisse traje de gala, era algo assim que eu usava".
Custa 39,90€ e apesar de o preço ser muito em conta para o vestido em si, afastei o hipnotismo e a tentação para longe, racionalizei o que podia fazer com semelhante valor, pensei na conta da água, da luz, do gás, na renda e em todas as despesas que ainda tenho para pagar este mês e deixei-o, abandonado à sua sorte, ou a outra que se apaixone igualmente por ele e que o faça feliz.
Mas levo-o no coração.

la cage dorée

"A Gaiola Dourada" estreou ontem nas salas portuguesas e teve direito a casa cheia. Quando terminou, ouviram-se palmas. É um filme delicioso, que usa e abusa dos chichés associados aos emigrantes portugueses, mas que os mostra como eles realmente são: pessoas honestas e trabalhadoras, capazes de grandes sacrifícios pela família. Uma banda sonora de excelência - pela mão do Rodrigo Leão - e uma equipa de luxo, com uma Rita Branco a mostrar porque é uma das melhores actrizes nacionais. Adorei, adorei, adorei! Ia ver outra vez de bom grado.

quarta-feira, julho 31, 2013


Hoje foi o dia em que me despedi dela para só a voltar a ver a 15 de Agosto.
Deixei-a na escola, despedi-me duas vezes, cravei-a de beijos e olhei-a, enquanto me afastava e ela ficava entretida com os coleguinhas, como se quisesse reter na memória aquela imagem. Saí de lá com o coração do tamanho de uma grainha de tão mirrado que estava.

Foda-se para isto que custa tanto.

terça-feira, julho 30, 2013

Mudam-se os tempos, mas não se mudam as mentalidades

A propósito dos "pobrezinhos" - que tanto andam a dar que falar por essa imprensa fora e nas redes sociais - lembrei-me do António Lobo Antunes e desta passagem.

telegenia

 
Foi mais uma experiência engraçada, uma conversa que passou a voar. 3 mulheres, todas diferentes, mas muito iguais nos universos que as tocam. (E a minha super maquilhagem! Agora que vejo o vídeo é que noto o quão "carregada" estava!)
E pronto, não há volta a dar, definitivamente, não sou telegénica.
Mas como diz o povo "O que não tem remédio, remediado está". 
 
 
 
Pode ser que um dia a minha filha veja e ache graça ao ver a sua mãe na tv a falar sobre depilação!  ;) 

terça-feira é dia de...?

A Vida de Saltos Altos, o blogue mais feminino da imprensa nacional!
O tema de hoje não fala apenas do herdeiro real, fala da real barriga da mãe do herdeiro real!
(E não gostámos todas de a ver?)
Uma Kate Middleton de barriguinha pós-parto e vestido às bolinhas ficará para sempre na nossa memória colectiva.
Para ler, comentar, partilhar, fazer "like", aqui.
 

quinta-feira, julho 25, 2013

Foi assim que aconteceu

Já foi, já gravámos e correu tudo muitíssimo bem. A equipa da SIC é excelente, deixaram-nos belíssimas - fizeram-me uma super maquilhagem que não tenho vontade de tirar NUNCA - e pentearam-me que foi um primor. (Isto realmente não há nada como ter a possibilidade de levar com um "make over" feito por profissionais para aumentar a auto-estima e colocá-la nos píncaros. A Ana Rita Clara foi super simpática e falou com todas, fazendo perguntas concretas sobre os textos e o estilo de cada uma.
Mas para mim, o melhor mesmo de toda a experiência, foi ter tido a oportunidade de estar à conversa com a escritora Maria João Lopo de Carvalho! É que ainda por cima estou a ler o livro que ela escreveu sobre a vida da Marquesa de Alorna e adorei trocar algumas impressões e dar-lhe pessoalmente os parabéns pela obra.

Aqui fica um "cheirinho" do que poderão ver no próximo dia 29 de Julho.
Tudo a pôr as boxes a gravar às 17h30 na Sic Mulher! ;)

Os meus cinco minutos de fama

Algumas das meninas que integram o blogue “A vida de Saltos Altos”, no qual eu me incluo, estarão hoje a ser entrevistadas pela apresentadora Ana Rita Clara no programa “Mais Mulher” da Sic Mulher. (que depois será transmitido no dia 29 de Julho, às 17h30).
É a segunda vez que irei à televisão no âmbito da minha participação no blogue “A Vida de Saltos Altos” e espero, muito sinceramente, que desta vez consiga estar um bocadinho melhor e não parecer um cachalote que deu à costa.
Sempre ouvi que a televisão “engorda” – pelo menos 5 quilos – e sim, eu sabia, mas caramba, nada me preparou para o choque de ver a minha própria imagem aumentada.
 
 
Isso e o facto de ter ficado com o cabelo “lambido”, de a roupa que levei ser dos mesmos tons do cenário e quase nem se dar por ela, de estar sempre marreca e curvada, enfim… foi um grande erro de “casting”. (Apesar de toda a gente ter dito que “falei muito bem” – acho que é o triste consolo de quando não há nada mais agradável a dizer, certo?)
Bom, hoje e com tudo isso em mente, preparei as coisas de outra maneira. Vamos lá ver se o resultado final fica um bocadinho melhor.

Às 13h30 lá vou eu.
 
Wish me luck.

terça-feira, julho 23, 2013

terça-feira é dia de?


Já me esquecia que hoje é terça-feira e, como tal, dia de lerem o que vou escrevinhando por outras bandas, de preferência, de Saltos Altos!
Para já, aqui fica uma imagem para aguçar o apetite.

 
E vocês, acham que foi propositado?

quinta-feira, julho 18, 2013

Ver a vida de maneira diferente

 
Este vídeo da Coca-Cola deixa-me de sorriso nos lábios.
É tão bom ver campanhas positivas feitas por grandes marcas que pretendem mostrar o lado bom da vida. Porque nem tudo é crise e é verdade. Há coisas que não têm preço e são preciosas.

energias positivas!


Ontem lá fui à sessão de Reiki. Foi uma experiência bastante agradável e, ao contrário do que pensava, consegui relaxar e deixar-me ir. No final da sessão alguns pontos a reter: tenho as costas num farrapo. Motivo: “Carrega demasiadas responsabilidades”. Check!

“Pensa demasiado”. Check! Esta “caixinha” nunca consegue desligar, nunca consegue descansar e anda sempre a mil, sempre, sempre, sempre. Canso-me a mim mesma.

“Não faça tantos cenários. Tente viver o agora”. Check! Um dos meus principais defeitos – e que se tem acentuado nos últimos anos. Ando sempre com medo, a prever conjunturas, a fazer hipotéticos cenários, a tentar ser o mais precavida possível para nada me apanhar de surpresa, sempre a analisar todas as situações, sempre a escrutinar tudo até ao tutano dentro desta minha cabeça em brasa.

“A sua parte emocional anda demasiado contida. O que é que se passa?”. Check!

É verdade. Sinto que actualmente penso demasiado e não verbalizo. O que nem parece meu, porque sempre fui uma pessoa expansiva, mas o tempo e as circunstâncias da vida modificaram-me. Já não me dou como me dava, nem digo as coisas que dizia. Constato que as palavras são perigosas e que muitas vezes a interpretação que delas fazem não é a mesma com que as disse, o que gera entropias que nem sempre me são benéficas. E, por isso, ando muito mais contida, limitando-me a pensar muito e a exteriorizar/verbalizar pouco, como se o meu peito fosse um saco onde enfio os sentimentos sem lhes prestar a atenção devida. Isso claro, ressente-se na minha postura, nas minhas costas, na minha barriga – que fica muito mais bloqueada (sim, ele disse isto!) - e nas minhas energias.

Um conselho que me deram: chorar é bom. Purifica e liberta. Não deve ser encarado como uma coisa negativa, mas como uma descarga. Logo eu, que sou de lágrima fácil.

Ontem senti-me bem, saí da sessão e rapidamente abria a boca, cheia de sono. Dormi profundamente durante a noite, apesar de ainda não ter sido suficiente, preciso de fazer uma cura de sono.

Uma coisa curiosa: estive a sessão toda de olhos fechados e deitada, mas assim que começámos, senti a minha barriga saltar como se tivesse um bebé dentro dela aos pontapés – é a analogia que encontro mais verdadeira para ser motivo de comparação. E quando passou pela zona da cabeça, senti calor, muito, muito calor, mesmo por cima da sobrancelha, o que não deixa de ser curioso e o que traduz mais à letra a expressão de “cabeça em brasa”.

Também senti as pernas a saltitar, como se o sangue tivesse finalmente encontrado o seu caminho e andasse desenfreado a galopar dentro delas. No final consegui relaxar a sério, senti a respiração a ficar cada vez mais profunda e se tivesse demorado mais uns minutos acho que tinha mesmo “apagado”.
Já tinha ouvido muita coisa acerca do reiki e sempre tive curiosidade. Há bastante tempo que andava para experimentar, até que comprei um voucher e ontem lá fui. Sempre acreditei que as energias que uma pessoa emana, podem ser boas ou más consoante a nossa atitude perante a vida, as nossas mágoas, ressentimentos e forma de estar na vida.
No início perguntaram-me o que pretendia daquela sessão. A minha palavra imediata foi ‘tranquilidade’.
E acho que sim, que o objectivo foi alcançado.

Gostei. Sem dúvida a repetir.