sexta-feira, novembro 30, 2012

1+1

Hoje gostava de fazer as malas e ir de fim-de-semana celebrar, mas infelizmente as circunstâncias  não permitem.
Bem sei que não é isso que faz com que sejamos mais felizes, ou que dita a nossa vida, mas caramba, gostava de nas datas especiais, ao menos ter a possibilidade de fazer algo de diferente, que não seja um dia banal e igual a tantos outros. E o facto de nem sequer ter essa hipótese no horizonte, desmoraliza-me.

terça-feira, novembro 27, 2012

E hoje é dia de?

De crónica em "A vida de Saltos Altos", aqui!

E de concerttooooooooo dos Black Keys (depois de muitos meses com o bilhete guardado)!

Espero, sinceramente, que não me desiludam.

segunda-feira, novembro 26, 2012

E você, sabe a sorte que tem?*


"...Quando ela ri, quando ela ri eu tenho vontade de chorar. Não de tristeza mas porque cada gargalhada é como uma nota musical que me toca o coração e me faz querer dançar.
Ela é tudo o que eu queria e nunca soube o que tive.
Aprende que a arritmia que sentes com ela é normal e que a falta dela é um vazio igual à morte
Espero que sejas tudo aquilo que eu nunca fui.
Espero que a trates bem, porque se lhe partires o coração, vais perdê-la para sempre.
Pudesse eu ter lido o futuro."
 
 
 
 
 
* porque hoje estou assim, melancólica.

quinta-feira, novembro 22, 2012

Pequenos desabafos #25

Estou doente!!

Barriga às voltas e estômago a parecer alfinetes.

Não aguento nada e até os cheiros me dão vómitos. Tenho frio e só penso na minha cama...


... e estou no escritório!

terça-feira, novembro 20, 2012

E é isto!

A partir de hoje também podem encontrar-me como cronista residente do blogue do Jornal Expresso: A Vida de Saltos Altos.
 
Todas as terças-feiras darei "ares de minha graça". (Ou assim espero.)
Eis a crónica que serviu de pontapé de saída. (E já com comentários inflamados.)
 
Vam'o lá!

segunda-feira, novembro 19, 2012

os meus pequenos nadas que me dizem muito

- Tenho a cara transformada na cordilheira dos himalaias. Não sei o que sucedeu, só sei que de um dia para o outro virei borbulha e atravesso uma nova puberdade.
- Sinto que preciso de férias e estou sem férias para gozar. Só me restam 2 míseros dias que não sei se conseguirei gozá-los nos dias que pretendo. (Natal e Passagem de ano)
- Todas as minhas calças de ganga me estão a ficar apertadas... (sem comentários)
- Hoje é segunda-feira e estou com humor canino, daquele que rosna.
- Se na semana passada estava muito animada - tralálá, passarinhos a cantar - esta o caso muda de figura. Estou em pólo negativo.
- Queria boas notícias e um bilhete na mão, para ir  - e mesmo que tivesse data de regresso -, me permitisse desanuviar a cabeça e recarregar energias. Tenho saudades de uma escapadinha e dos efeitos que o sair do marasmo do dia-a-dia e dos locais habituais, provoca.
- Pequeno oásis no horizonte: a minha filha chega hoje! Felicidade.
 (E para a semana há concerto dos Black Keys.)
 
E é isto.

quinta-feira, novembro 15, 2012

Pequenos desabafos#24

Não desapareci, não, não. Ando apenas a digerir uma novidade que tenho na calha, que me deixou bastante motivada e que entretanto revelarei.
Por enquanto, muita preguiça e inércia. Só me apetece dormir, vegetar em frente à televisão e estar no quente. Acho que estou a precisar de férias, mas já sem férias para gozar. Humpf.

segunda-feira, novembro 12, 2012


Resquícios de fim-de-semana. Fotos soltas das coisas que fizemos. Agora ando assim, qualquer coisinha e vou a correr buscar a máquina para fotografar. Mesmo as coisas mais insignificantes. Porque afinal, se são as nossas coisas, não podem ser assim tão insignificantes não é? E com este frio que se faz sentir na rua, o fim-de-semana foi praticamente todo passado em casa, no quente, entre mantas, lareira, plasticinas, castanhas, bolos, recortes e colagens, filmes e convívio.
Muita comidinha, muita brincadeira. Pequena cria faz questão de espalhar todas as mil e uma peças de pequenos brinquedos pelo chão da sala: pinipons, little pet shop, polly pockets, barbies, barriguitas e rucas. Ter uma criança em casa o dia todo faz com que tenhamos de ser imaginativos e em algum momento do dia dar-lhe actividades para ela se entreter, para além dos brinquedos, dos livros e dos desenhos animados. Há algum tempo que ando a guardar os rolos de papel higiénico e de papel de cozinha para fazermos uns fantoches ou colagens e este fim-de-semana ela deu-lhes uso, personificando-os, fazendo-lhes olhos e bocas, colando-lhes fitas cor de rosa a servir de cabelo e de "rabinho de porco". Fácil, barato, sem custos e ela fica um bom tempo entretida naquilo.
Ontem, dia de S. Martinho, assou-se castanhas, fez-se bolo de iogurte e maçãs assadas no forno com canela e vinho do Porto. No dia anterior foi a vez de experimentar chocolate quente e tentou-se fazer panquecas (eu tentei, mas agora a receita sai-me sempre mal), fiquei à beira de um pequeno ataque de nervos e desisti, mandando tudo para o lixo. Alguém me consegue dar uma boa receita de panquecas? É que a minha, ultimamente, não anda a resultar.
Estes fins-de-semana indoors têm a (des)vantagem de passarmos o tempo todo com uma vontade louca de comer. É terrível. Que o diga a minha barriga, eu já fujo da balança e nem me peso para não ter um colapso nervoso, mas quando estou aninhada no sofá, quentinha e com aquela sensação de paz e de que tudo está onde deve estar, há sempre um "buraquinho" que faz questão de me lembrar que, com qualquer coisinha doce a acompanhar, tudo era (ainda) muito melhor!
 
 
 



sexta-feira, novembro 09, 2012

Ai caramba

Sem esperar, eis que dou de caras com as minhas fotos da Quinta da Aveleda publicadas no jornal OJE.

Assim de repente, até me sinto assim meio "fotógrafa", é que tirando as duas primeiras fotos de abertura, todas as outras são minhas... mas e os créditos, na pas?


Vêem a foto da cabrinha? É miinnhhhaaa! Eu adoro a foto da cabrinha! 
 
(Pronto, nota-se muito que preciso de atenção? )

Pequenos Desabafos #23

Lavo o cabelo todos os dias. Se tal não acontece, fico com o cabelo a parecer um esponja de óleo. Pronto, o cabelo todo não, a franja, que é o meu calcanhar de Aquiles. E hoje, levantei-me, tomei banhinho, lavei a cabeça - as usual - e decidi colocar uma máscara de hidratação, porque desde que fiz as nuances, o cabelo ficou mais seco. Ora bem, o que é que acontece quando coloco champôs ou máscaras de hidratação em excesso no cabelo, entenda-se, zona da franja? Fico a parecer a tal da esponja de óleo. Parece que nem viu água de tão agarrado à cabeça e seboso que fica. Um pavor. O pior é que só dou conta quando o começo a secar com o secador e o noto pesado e de aspecto colado. E é aí que as campaínhas de alerta começam a tocar e eu começo a entrar em pânico. Como aconteceu hoje de manhã. É que eu, quando seco o cabelo, é a última coisa que faço antes de sair de casa de manhã e geralmente já estou atrasada - as usual -  por isso, quando constato que o mesmo está com estas "características" (forma "polite" para o descrever sem recorrer à utilização de vernáculo insultuoso) porque abusei na máscara de hidratação, já não há volta a dar, vou ter de me aguentar à bomboca pois já não há tempo para o ir lavar outra vez.
 
E pronto, hoje vim para o escritório com ar de lambida. Argh.

A minha opinião sobre as declarações da Isabel Jonet

Desde ontem que andava a ver nas redes sociais um enorme burburinho em torno da Isabel Jonet e das suas declarações de que "em Portugal não há miséria". Na altura, apesar de ter lido vários comentários e posts sobre o assunto no Facebook, não cheguei a ver o vídeo e, por isso, abstrai-me de comentar o que quer que fosse.
Só hoje, com tempo e calma é que vi a sua intervenção no programa da Edição da Noite da SIC Notícias e tenho a dizer que concordo com tudo o que a Isabel Jonet disse.
É verdade que nos habituámos a ter satisfação em bens e coisas que não nos são essenciais e que damos por adquiridos e eu contra mim falo. Esta crise leva a uma profunda reformulação de hábitos de vida e de consumo e custa muito aceitar algo que sempre nos habituámos a ter ou a fazer - de uma forma ou de outra - por uma situação nova que não nos beneficia. Viver assim e aceitar a não criar expectativas, custa! Como custa! É toda uma aprendizagem que é difícil e  exigente (e eu contra mim falo), que nos faz reavaliar prioridades, nos obriga a ser mais racionais, menos impulsivos, gastadores e acima de tudo, desprendidos. Aprender a viver com pouco e aceitá-lo, aprender a ser feliz com o que se tem sem se desejar o último modelo de Iphone ou Ipad, fazer férias no estrangeiro ou ter a mala da moda - não é algo para o qual estivessemos preparados - pelo menos a minha geração, que sempre viveu no conforto da democracia e da liberdade, do aumento do consumismo e do capitalismo desenfreado. Crescemos habituados a ter e nunca pensámos que a situação se pudesse inverter ou que chegasse a este ponto.
E percebo quando ela diz que em Portugal não há miséria quando comparado com uma Grécia. Claro que há casos graves, ela própria o saberá melhor do que ninguém uma vez que é voluntária no Banco Alimentar contra a Fome há mais de 20 anos, mas também acho que expõe o assunto e toda a temática de uma forma muito clara e perceptível, dando, inclusive, vários exemplos muito concretos.
Porque sejamos realistas, quem sempre comeu bife, habituou-se a ter sempre bife, muitas vezes achando até uma seca e torcendo o nariz, "O quê, outra vez bife?", nunca pensando que um dia o mesmo podia faltar, porque sempre viveu nesse facilitismo. Claro que estamos a generalizar. Nem todas as pessoas viveram assim e também é isso que interpreto e entendo quando a Isabel Jonet diz, "cá em Portugal não há miséria". Claro que há miséria, há cada vez mais miséria e gente pobre e pessoas a passar fome e muitas dificuldades e pessoas desempregadas sem expectativas de futuro (como ela o refere), e gente sem conseguir pagar a casa ao banco... mas ainda não chegámos ao ponto de uma Grécia (e espero sinceramente que nunca cheguemos, apesar de as previsões apontarem que estamos apenas a um ano de diferença...)
A frase pode não ter sido feliz, é verdade, e custa aceitá-la, mas parece-me que julgar as declarações da Isabel Jonet por uma simples declaração que, ainda por cima, aparece descontextualizada para causar maior impacto, é querer fazer como as avestruzes e meter a cabeça na areia porque a verdade é demasiado dolorosa para se ouvir.

quinta-feira, novembro 08, 2012

Les petits plaisirs de la vie

 
E ontem também foi dia de kiwis, -  "baby kiwis" para ser mais precisa - e framboesas. E se forem uns leitores atentos, saberão as memórias que este fruto me provoca. Até a pequena cria, que nunca tinha comido framboesas na vida, provou e gostou. O hipnotismo das baguinhas cor-de-rosa a adoçar-lhe o palato, coisa mais linda, orgulho da sua mãe!




Adenda: depois de escrever este post e de lhe dar um nome para título, olhei bem para ele e fez-se luz: Les Petit Plaisirs! Pois é isso! Está encontrado o "novo" nome que irá substituir o antigo "Casinha".
 

quarta-feira, novembro 07, 2012

Pequenos desabafos # 22

Disseram-me o nome de um site onde posso ver filmes e séries.
Meus amigos...  vocês nem imaginam! Eu vivia na ignorância e descobri um verdadeiro novo mundo!
Só ontem papei dois episódios da temporada 3 da série Modern Family! Assim, seguidinhos, sem intervalo nem nada, logo após ter dado o episódio na Foxlife. Estava tão feliz, mas tão feliz! Lareira acesa, pantufas, a casa quentinha, manta, sofá e a minha série preferida, o que mais pode uma mulher querer? (Bom, eu sei a resposta a isto, mas por agora abstenho-me de o dizer)
Confesso que hoje não vejo a hora de sair daqui e fazer exactamente o mesmo!

Quinta da Aveleda

 
Há duas semanas tive de ir ao norte em trabalho. Foi tudo muito rápido (e cansativo), - o típico ir e vir no mesmo dia, sair muito cedo e chegar muito tarde - onde já começa a faltar a vontade para aguentar estas empreitadas, mas nada nem ninguém me tinha preparado para o que iria encontrar.
Ter a oportunidade de ser recebida, almoçar e visitar a Quinta da Aveleda, em Penafiel, é um verdadeiro luxo. Esta quinta produtora de vinhos, empresa familiar e 100% portuguesa que já vai na 5ª geração - um feito louvável - é o mais próximo que conheço de conto de fadas. É que para onde quer que me virasse, o cenário em meu redor era tão lindo e tão perfeito, digno de um quadro impressionista, que era impossível não me sentir feliz e abençoada por ali estar.
O expoente das cores outonais que eu tanto amo, a simbiose perfeita de verdes, castanho terra, amarelos e bourdeaux, a paisagem de cortar a respiração, a calma e a tranquilidade de quem sabe que o tempo é um bem precioso que merece ser respeitado, tudo ali pede para que fiquemos mais um pouco e deixemos esta vida frenética que nos consome bem lá longe, como se fosse apenas uma recordação.
E depois há as histórias, as peculiaridades que fazem dos pormenores as marcas de referência que transcendem a sua própria grandeza, o detalhe da dedicação e da honra na família, o respeito pela riqueza que a terra nos dá e que é fonte de vida. É impossível não nos sentirmos esmagados por tanta beleza e um enorme respeito e orgulho por sabermos que, para além de toda a crise que assola este país, para além do cinzento com que pintamos as nossas vidas diariamente, ainda há cor, beleza e esperança em pedaços encantados de Portugal.
 
Se os lugares mágicos existem, este é certamente um deles.
 
 


Forward


Obama ganhou as eleições e eu fiquei mais descansada. Não que isso represente grande coisa para a melhoria da economia europeia, porque nem Obama nem Romney mostraram, durante a campanha eleitoral, estar interessados em atacar de frente os défices gémeos da economia americana - orçamental e externo - e salvar o velho continente europeu. Mas sempre gosto mais de pensar que a maior democracia do mundo tem à sua frente um casal que cresceu a pulso, sem grandes pretensiosimos e com uma cumplicidade natural, com a qual todos nos identificamos, em detrimento de um presidente que se questiona do porquê de as janelas dos aviões não abrirem, que afirma que as violações existem porque Deus assim o quis, ou de uma primeira dama que acha que os homens devem ganhar mais do que as mulheres apenas por uma questão de género...
E o que dizer desta foto? Esta foto é uma delícia, adoro tudo nela, os gestos, os sorrisos de contentamento, a descontracção, o espírito de equipa. Sim, porque Obama pode ter (e tem) carisma, força de vontade, determinação e uma ideologia política que visa a igualdade de oportunidades e uma sociedade mais justa, mas grande parte do seu sucesso reside também na sua mulher Michele, provando que o ditado "por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher", tem todo o fundamento.
Agora, agora são mais quatro anos forward! Espero que não estejamos enganados.

terça-feira, novembro 06, 2012

pequenos desabafos #21

Esta mania de me pôr a usar anéis no polegar tem destas coisas.
Uma pessoa vai à casa de banho para fazer xixi e quando puxa a roupa para baixo, eis que o dito cujo decide cair dentro da sanita. DENTRO DA SANITA senhores!
Há lá sítio mais nojento do que a sanita do local de trabalho? Quer dizer,  a água estava limpinha e eu ainda não tinha feito xixi, mas confesso que ainda hesitei em pôr a mão ali dentro para o tirar. É que saber que urina ali toda a gente do escritório, não é uma visão propriamente agradável. (Sim, aqui as casas de banho são partilhadas) Se não gostasse tanto dele, tinha lá ficado.
Agora vou ali lavar a mão com líxivia umas 500 mil vezes, para ver se a mesma não me cai até logo à noite, em que vou precisar dela para dar banho à criança e fazer o jantar.

Gente não é certamente e a chuva não bate assim... Fui a ver...

Hoje a pequena cria acordou muito assustada a meio da noite. Gritou várias vezes por mim, tendo, inclusive e em desespero de causa, chamado pelo meu nome muito aflita: "MA-FALLL-DDAAAAAAAA", em detrimento do "Mãe, Mãe, Mãe". "Eh lá" - pensei eu - "Se me chama pelo nome próprio é porque a coisa é grave".
Estremunhada e cheia de frio por sair do quente da cama, desci as escadas em direcção ao quarto dela. Quando abri a porta fui encontrá-la muito chorosa e piegas porque tinha sonhado com um... tubarão!
 
Um tubarão?!?!
 
Bom, quer-me parecer que oferecer-lhe um fatinho deste género para o próximo Halloween está fora de questão.
 

segunda-feira, novembro 05, 2012

Despojos do fim-de-semana

Foi um fim-de-semana de chuva lá fora, mas cá dentro...
 
Pequeno-almoço daqueles bons, com calma e tempo e tudo a que temos direito. 
 

A chuva forte da madrugada de Sábado fez estragos na minha sala e nos meus livros. Eram duas da manhã e quando o céu parecia que nos ia cair em cima da cabeça, qual Astérix, começou a ouvir-se pingar cá dentro. Alerta para chamar novamente o homem das obras e vir limpar os algerozes.

 
Prazeres de fim-de-seamana (para além de comer, óbvio!), ler a edição especial do 10º aniversário da Revista Vogue Portuguesa e espreitar o Expresso no Ipad.

 

Como sobrou imensa comida - principalmente frango - da festa de aniversário da pequena cria, e porque em tempos de crise  - assim como na natureza -  nada se perde e tudo se transforma, eis que depois de desfiado, se fez uma bela pizza! Com frango, milho, azeitonas, chouriço e cogumelos. A massa era de compra e já há bastante tempo que se encontrava no congelador à espera de um momento aúreo. E se teve um final digno!
 

Pequenos desabafos #20

Agora que já fiz as nuances e pintei o cabelo em tons degradé castanho mel como andava a ameaçar, eis que estou  em pulgas que chegue a hora do almoço para dar um saltinho ao Vasco da Gama e comprar um termoventilador na Worten. Porque isto de se estar bela mas sentir frio em casa não tem graça nenhuma. E não me venham com a conversa de que faz bem à pele e enrija as carnes que eu não vou na cantiga. É que não há divisão mais fria do que a minha casa de banho de manhã e isso - numa segunda-feira, início da semana - em que a vontade de sair da cama é pouca ou nenhuma, é coisa para me deixar logo alterada.
É assim a vida de uma mulher moderna, cheia de prioridade urgentíssimas e feita de produtos de extrema necessidade que alternam entre o glamour caseiro e a hipotermia.

domingo, novembro 04, 2012

Ainda da festa...

Só hoje é que tive tempo e vontade, confesso, de tirar umas fotos com melhor qualidade à decoração que fiz para o aniversário da M. Sim, é verdade, o aniversário dela foi na passada quinta-feira, último feriado de todos os Santos, mas só hoje (Domingo) e 3 dias depois da data, ainda continuam pendurados na parede os balões e as fotos da pequena cria. Fiquei tão cansada dos preparativos, de fazer doces e bolos, das compras e de organizar tudo, que prometi a mim mesma descansar primeiro e arrumar depois, principalmente porque na sexta-feira ainda fui trabalhar e na quinta já me deitei passava da uma e meia da manhã.
O fim de semana de chuva foi perfeito para descansar, repôr energias e acima de tudo, dormir. Já retemperada e com vontade de pôr novamente mãos à obra, peguei na máquina fotográfica e registei a "obra de arte". Não é nada de especial - e muito menos original - já que se tratou de uma mescla de ideias que fui tirando de imagens do Pinterest e de blogues que vi na net, mas ficou bonito e deu graça à parede da sala, mesmo diante da mesa onde se cantaram os parabéns. Toda a gente gostou e ela ficou feliz. Por isso, prova superada!
Quanto ao trabalho propriamente dito, nada mais simples: imprimi fotografias do último ano dela. Momentos ou situações que se destacaram como primeiras experiências: a primeira viagem de combóio, a primeira vez que nadou na piscina dos "crescidos" nas férias de verão, a festinha de Natal em que dançou como bailarina e por aí fora. Difícil foi escolher apenas 12 fotos! Para fazer contraste e criar alguma diferença, optei por fotos alternadas a cores e em sépia, coladas em fundos de cartolina rosa e cinzento que funcionaram como moldura. Depois de coladas, furou-se as pontas e passou-se fita rosa de embrulho. Estava feita a primeira "bandeirola".
Quanto às letras do nome também foi simples. Já tinha visto pela net e em vários blogues de decoração de festas, os pratos de papel como decoração. Que ideia tão gira e simples! Realmente, há coisas tão engraçadas, práticas e baratas que com um pouco de imaginação fazem toda a diferença e os pratos de papel são, sem dúvida, uma delas. Bastou ir ao supermercado e por cerca de um euro, tinha a decoração feita. O resto foi apenas trabalho manual, paciência e tempo. Escrevi o nome dela no word, aumentei o corpo de letra, imprimi e depois recortei em forma de círculo, colando cada letra dentro de cada prato. De resto, o procedimento foi igual, furou-se de lado e passou-se fita de embrulho cor-de-rosa (a sua cor favorita). Nesta festa de aniversário da M. tentei ser prática em relação à loiça, por isso, foi tudo em plástico, o que deu um jeitaço para quem, como eu, não tem máquina de lavar. Copos, pratos, talheres, tudo descartável, assim como a toalha, que era de de papel cor-de-rosa e foi comprada no supermercado Jumbo. Um rolo de 5x3 metros, que custou perto de 5 euros e que serviu para forrar a mesa dos doces, assim como a de apoio, foi das melhores ideias que tive. Nódoas, copos entornados e lavagem, não fizeram parte das minhas preocupações. No final foi só pôr tudo no lixo e ainda tenho ali toalha suficiente para outras festas cá em casa. Também comprei alguns copos, pratos e guardanapos da temática da "Minie", em tons de rosa, apenas para o bolo de aniversário e outros pratos de papel  - maiores do que os utilizados para os trabalhos manuais - que serviram para enfeitar os pratos dos bolos e doces que coloquei na mesa.
No total éramos cerca de 17 pessoas cá em casa e coubemos todos na minha sala! O que já é um sucesso só por este feito! Como foi uma espécie de "lanche-ajantarado" uma vez que os convidados só começaram a chegar por volta das 18h00, fiz uma enorme panela de sopa que serviu para aconchegar o estômago enquanto se pesticavam salgados e doces. Comprei uns frangos  no Pingo Doce e fiz uns folhados de salsicha e outros de queijo com mel e nozes, gratinei um camembert no forno com alho e orégãos para entrada e alguns amigos também contribuiram e ajudaram, trazendo uma quiche, uma empada gigante ou fazendo cupcakes. Para além disto havia os acepipes da praxe, como queijos variados, presunto, batatas fritas, nachos e guacamole, patés, etc. Quanto a doces, para além do bolo de aniversário, fiz uma baba de camelo, uma mousse de lima, gelatinas e uma serradura. Sobejou e sobrou comida e este fim-de-semana, para além de ter feito uma cura de sono (e acreditem que era muito), fiz também uma pausa da cozinha. Porque depois de tudo isto, acho que mereço.

sunday pleasures

Chuva lá fora, mas cá dentro, mantas, sofá, televisão e coisas docinhas. Um fim-de-semana completo de dolce fare niente.
Recentemente tomei o gosto de fazer panquecas americanas e hoje acordei com vontade de cozinhar algumas para o pequeno-almoço. A acompanhar, doce de framboesa e de limão vindos directamente da Casa Aveleda de Penafiel. Juntei ainda um folar de olhão, mel e requeijão e foi o pequeno-almoço de domingo perfeito.
Há melhor motivo para ficar em casa?

sexta-feira, novembro 02, 2012

4 anos de gente


Foi uma canseira, não vou negar, mas já passou. Ela estava feliz e no final correu tudo bem. Não fiz um bolo com fondant de açúcar em forma de Minie ou de Hello Kitty, mas fiz um bolo com recheio de ananás e natas, semi-frio, que toda a gente gostou. Decoração caseira e tudo home made.  Balões pendurados, fotos na parede e uma mesa farta como se quer. Eu andei estes últimos dias sempre enervada, tenho noção,  fico uma pilha quando sei que vou receber muita gente em casa e baixa em mim uma espécie de control freak que fica possuída e insuportável. Depois, tão depressa como aparece, desaparece, para bem de todos e minha própria saúde mental.
Hoje estou cansada e com o corpo dorido. Dáva tudo para ter ficado em casa a vegetar e a ressacar desta semana alucinada. Felizmente amanhã é Sábado e eu acho que vou alapar o rabo no sofá e dormir e ver televisão o dia todo. Não quero saber se ainda tenho a sala cheia de balões e coisas por arrumar. Vou dar a mim mesma uma folga e fazer tréguas, que isto de querer ser a super mulher não me leva a lado nenhum, antes pelo contrário, dá-me cabo dos nervos e não há quem aguente.
Com tempo arrumo a tralha toda da miúda e a carrada de pecinhas pequeninas em forma de bonecos que agora entraram lá em casa  e para as quais eu tenho de arranjar espaço, ou ver com atenção os livros recebidos, a roupa e todas as coisas que ontem me escaparam.
Hoje de manhã ainda levei um bolo - também feito por mim - para a escolinha e cupcakes, para que a festa continue com os amiguinhos.  Em vez do ananás e das natas, a opção foi bolo de iogurte com cobertura de chocolate Nutella e salpicado com estes efeitos coloridos que também utilizei no bolo de ontem. Parecia um mega donut americano e só depois de o ter entregue na escola é que me lembrei que não o tinha fotografado, o que é uma pena, pois estava um amor, em cima de um prato de papel cor de rosa e adornado por smarties a toda a volta. (Sempre gostei do contraste de cores rosa e castanho chocolate).
E pronto, já passou, ela gostou e isso compensa o resto. Quanto às fotos? Bom, confesso que quase nem me lembrei de tirar e as que tirei não ficaram nada de especial... é sempre assim, não é? Mas o bolo cá está, para a posteridade.
E assim se comemoraram 4 anos de vida do meu bem mais precioso, da minha obra de arte, do meu projecto mais bem feito! A minha filha que está cada vez mais crescida! É certo que tenho muitas saudades dela bebé, de a carregar no colo sem pensar que me provoca uma hérnia discal, mas o companheirismo que ela me faz e as conversas que tem, os abraços que me dá e as frases de amor que me diz, são o sinal mais perfeito de que a vida não pára e que os bons momentos devem sempre ser celebrados.
Parabéns a nós*